quinta-feira, 29 de setembro de 2005

ATO II Tomo IV: Seguindo viagem 他Ø


- Esses cortes são profundos... - fala Cymasi, despindo as costas de Chan. - Posso cauterizar, mas seria mais seguro usar magia...


- Você é clériga, minha jovem? - pergunta G-h-rion.


- Não... Mas sou acostumada a ver sangue. Eu quero ajudar mesmo.


- Se não depender de suas energias no futuro, eu agradeço, Cymasi... - fala Chan. - Mas sua história... Hardman não tem autoridade para impor membros em nosso...


- Deixa ela, Chan... - fala Dex, com um pano úmido lavando um ferimento. - Uma mocinha a mais não faz mal... Ainda mais sabendo curar.


- Minhas energias praticamente se acabaram para restaurar sua visão, Dex... - fala Chan. - Ainda não acredito que usei isso contra um de vocês...


- Kaede... - fala Thiago à gueixa que ajudava Thiago com um olho roxo. - Estou bem, e francamente Chan pode ficar com ciúmes... Leve este anel aqui para quem estiver pior... O Noiro teve o peito dilacerado!


 Kaede olha para o ninja, e desvia o olhar.


- Só me servirei de seu artefato se ele costurar roupas. - fala noiro, mostrando o tórax intacto. - O elfo precisara de ajuda, e a novata não dá conta de tantos...


- Tudo bem... Eu quero ajudar...


- Putz! Cê tem mais energia que o Gororion, mina! - fala Vilo. -E Gororion ORIGINAL! Não o impostor aí...


- I... Impostor?


- Sou um... Bem, "ladrão de identidades". - fala o meio-elemental. - Meu nome é Armageddon. Emprestei a figura de um colega nosso... Um meio-elemental da luz chamado Gororion.


- Então esse Gororion é meio-elemental também?!? - fala Cysami. - por isso que ... Sei lá... Gostei de você quando eu o vi...


- "meio-elemental"? - sussurra Chan suspeita.


- ou... Talvez seja isto aqui... - fala o maccubus, mostrando a face de água do seu cubo elemental.


- El! - ri vilo. - Ela obedece ao cubo também?!? Vai, tia... Dança a Macarena pra a rapaziada!


- Dançar a o que?!?


- Perdoe nosso amigo, milady. - fala Thiago, tomando o cubo e entregando a Gororion.


 Therak observava os arredores.


- Corvos de novo, Senior Thiago... - fala therak.


- Ih, voltou à paranóia desses corvos?


 Noiro posta-se ao lado do construto. Precisa forçar a visão para perceber a agitação que Veritas provocava nos corvos.


- Eles não reagem. - fala Therak. - Fora o fato de não ser um ambiente propício para corvos, nada extraordinário ou suspeito neles deparando com veritas.


- É porque esses corvos são mais espertos que vocês. - fala Noiro. - ha quanto tempo você viu?


- Dois dias... Desde Akidaiô.


- DOIS?!? - exclama Noiro. - Porque não me falaram nada?


- Estávamos verificando... - fala Thiago.


- Senins da Elite Shorian usam corvos familiares. - fala Noiro. - Esses corvos enxergam bem e disfarçam com perfeição. E eles estão no nosso encalço ha dois dias provavelmente juntando mais pessoas!


- "Elite Shorian"?


- Mercenários esnobes! - rosna Win-hen.


- Será que tem algo a ver com o tal escorpião?


- Deixe-me adivinhar... - fala Noiro visivelmente irritado. - Você descobriu ha dois dias e achou interessante não informar aos demais, correto?


- Esse eu conheço... - fala Chan. - Shorian Yatah, Senin feiticeiro de grau 19. Conhecido por "o Escorpião" por atuar mais fora de Wen-ha do que nela, e por conjurar um escorpião gargântua como técnica suprema. Ele deveria pleitear o grau 20 desafiando o Daymao Shorian há pelo menos oito anos.


- Então, esses tais "mauricinhos Shorians" estão atraz de nós?


- Eu precisarei consultar os astros... Mas é bem provável.






- Vinte quilômetros, sensei. - fala o jovem rastreador ao senhor de idade que o acompanhava.


- O que isso quer dizer na prática?


- Que para seguirmos eles, teremos de andar pelo menos um dia de viagem atras... Algum deles deve ser om observador formidável... e com formidáveil eu diria inumano. Seu alcançe é homogêneo em todas as direções, em qualquer condição climática, em qualquer luminosidade. Nas montanhas, onde eles têm a vantagem da altitude, ele chega a um alcance visual de vinte quilômetros.


- Pois mantenha seus servos a vinte e cinco! - fala severo o ancião. - Eu recrutarei mais membros da família, e talvez alguns mercenários.


- Eles são muitos, sensei... - fala o rastreador. - Eles estão com um ninja. Se eles me perceberem, e começarem a cobrir seus rastros, mantendo a um dia de viagem atrás deles, eu posso perde-los.


- Se quer mesmo o domínio total da conjuração dos céus, me obedecerá sem questionar! - urra o feiticeiro furioso. - Siga-os, e deixe uma trilha para que os recrutas o encontrem!


 


 O rastreador baixa a cabeça respeitosamente.


 


- Assim será feito, Escorpião-sensei!







- Daiki... - resmunga Noiro. - Muito movimentado para meu gosto.


- Kaede não vai aprender sobre o reino andando às escondidas. - fala Chan.


- É isso mesmo... ou tem algo oculto, milady?


 Chan baixa a cabeça. Parecia que o ninja ouvia seus pensamentos...


Kaede observava a nova viajante... Cysam... tão bonita e exótica... Mas tinha vergonha de falar...


 E então, um salto assustado.


- Seniorita Kaede?!? - exclama Therak, a guarnece-la.


- É só um lanche. - fala Noiro, estendendo a mão com uma maçã.


 Kaede continua olhando assustada.


- T...tudo bem, senhor. - fala ela. - Não estou com fome...


 Noiro se senta de volta à montaria.


continua caminhando poucos passos à frente da jovem gueixa.


- Akai tatsusama me chamou por minha alcunha... De Tatsugatana. - Fala ele. - É por isso, não?


 Kaede baixa a cabeça.


- Não á porque mentir... Ha algum tempo eu fui um Tatsugatana.


- Como "ha algum tempo", entenda trezentos anos. - interrompe Thiago.


- Isso faz de você ... um Shinobi?


- Isso é tipo ninja, não? - pergunta Del.


- Um ninja demônio! - urra furioso Win-hen.


- Noiro não é um demônio, pessoal... - fala Thiago. - Ele só...


- Porque se precipita em dizer que não sou um demônio, Thiago-sama?


 Todos olham o ninja.


- O clã que eu fundei acredita que morri no dia que executei Mishato. Sou despresado pelos deuses, rejeitado pela morte e pelo tempo. Condenado a viver entre pessoas que já me esqueceram. Para mim, estou vivendo um inferno.


(espaço para Roleplay)






 A feira da cidade mercante de Kenji. meia légua de Fung-kyo, na costa leste de Wen-ha, teritório dos Tsé. A mercadora de Romãs não percebe ágeis dedos surrupiando uma fruta da bancada.


- Por favor, Kuori... - fala o sereno ancião de vestes amarelas, cuja barba em trança alcançava sua cintura. O larápio era um esguio eishy com olhar completamente sombrio.


- O direito dos deuses além das leis mortais. - fala o eishy com um sorrizo zombeteiro. - Tecnicamente não roubei ninguém!


- Eu não obrigo pela ordem. Peço por respeito á minha presença.


 Kuori sorri. Era mais satisfatório ver o senhor da justiça lhe "pedindo" algo que enganar uma mortal ocupada. Sorridente, ele entrega algumas moedas à senhora, que nem se deu ao trabalho de conta-las.


- Cedeu muito fácil, irmão. - fala um homem de vestes monjísticas, acompanhado de uma jovem com olhar perdido. - As moedas inclusive eram verdadeiras!


- Bom humor, Midori... - ri o esguio. - Só não espalhe.


- E o que há de se espalhar? - pergunta Shiro, a única mulher dentre eles. - eles buscam em nossos gestos motivos de inspiração... Sinais de nossa vontade... avisos do destino... Se eles sonhacem que a maior parte do tempo estamos tão perdidos como eles...


 A meditação da jovem deusa da magia cessa quando a multidão abre alas com olhar fascinado a um grande samurai, com a armadura tão rubra que chegava arder aos olhos do contraste com aquela cidade cinzenta. Akai, reduzido a 2,10 Mts., para diante do quarteto.


- Eh... você fala ou EU? - brinca Kuori.


- Deveríamos evitar chamar a atenção. - sussurra Kioru. - Não deixar transparecer que deuses caminham entre mortais!


- Há um motivo para ignorar essa instrução... Alem de defender meu ponto de vista compartilhado apenas por Atlan e Gorak. - fala o samurai. - Meu desafio acabou. Eles margeiam o Deserto Sombrio enquanto falamos.


- Quem será o próximo? - fala frenético Kuori, batendo as pontas dos dedos. - Você amarelinho? Cortou relação com sua "namoradinha mortal" faz meses... não dá nem pista de seu desafio...


- Cedo a vez a Shiro ou a Midori. - fala impassivo o deus de amarelo. - Será a minha vez... quando for a minha vez.


- Eu e minha irmã decidimos que ergueremos nossas charadas dependendo de para onde os mortais seguirem agora. - fala Midori. - eles devem se recuperar do desafio desgastante que Akai os impôs.


- Então... só nos resta uma coisa a fazer... - fala o esquivo deus negro, santitando pela praça, com gestos grandiosos.


- Devo admitir que a idéia dele de começarmos a partir deste local foi melhor que a minha de cada um de nós em pontos geográficos equidistantes. - fala Midori. - A notícia chegará a Akiobara antes dos jovens...


- Chegará a GOLDRALF antes dos moleques alcançarem Aikiobara. - corrije Kuori.


- Então... não tem mais o que fazer, senão alertar com pânico e reverência. - fala o deus amarelo, afastando-se dos seus irmãos. - Por quato vezes fracassamos na transição pacífica. Espero que o povo Wenhajin tenha evoluido na sociedade utópica que tanto desejamos para eles.


- Eu sei que não estive com vocês quando o projeto começou... - fala Shiro, repetindo o gesto de Kioru. - ... mas tenho esperança que eles saberão lidar desta vez...


- Olhe no coração deles, "Titã"! - fala o truculento akai. - Está errada. Não por medo da morte, como os demais mortais: mas por medo da vida. Eles entrarão em pânico, e sua reação mais natural será ir às armas.


- Parece que cabe agora ao Verde... e ao amarelo...


Kioru e Midori se encaram respeitosamente.


- Boa sorte, Irmão. - fala o amarelo.


 


 ... e começa.


Cinco dragões-tatsu emergem de onde os avatares estavam parados. Eles serpenteiam nos céus, e colidem com prédios. Em seu tamanho total, preenchiam o horizonte. Os cidadãos daquelas cidades correm em pânico, urrando palavras apocalípticas e se abrigando como podiam.


 Assim começa o fim dos tempos.






 - Está tranquilo... - sussurra Chan. - tranquilo demais...


 Entravam nos limites das terras de Daiki, que dividia a fronteira das terras de Tsé e Tao. Com as guerras da primeira dinastia, a região era instável, o que fez o shogum Tao da época financiar a militarização das terras de Daiki, história semelhante à dos Katsophliz em Lyon. Mais coincidências...


- As terras de Daiki são assim agora. - fala Noiro. - Os samurais de Kuroro Daiki-sama foram massacrados ano passado... Acho que envolvia vocês.


- É mesmo... - lembra Thiago. - Só sobrou Nagata e mais três!


- Os camponeses e comerciantes vêem essas terras como incapazes de combater os ladrões e impedir invasões. Desde aquele dia, o daymao passou procurando Ronins e jovens em monastérios que queiram servir de samurai.


- As terras dele poderiam ter sido arruinadas... - Sussurra Chan pesarosa. - Tudo por causa do ódio que ele nutria por meu irmão... Mas agora, que ele se foi, talvez nosso pai consiga a paz que tanto procura...


- Política... - rosna Win-hen. - Por causa disso os Tsé podem levar minha aldeia à guera!


- Pss... – avisa Therak. Ele ouvia sons abafados e distantes.


Não conseguia ver de onde... Sussurrava em wenhajin. As palavras “ninja” e “youkai” eram facilmente inteligíveis a Therak.


- Emboscada?!? – pergunta Thiago.


 Dex fareja o ar.


- Há um cheiro familiar aqui... Não sei o que, mas há!


- Eles são de suas terras, senhora... – fala Kaede assustada para Chan.


- Se fossem guardas, samurais, ou alguém que deveria estar aqui não nos emboscaria... – fala a pena-de-bronze.


- Eles se agitam... – fala Therak. – Eles sabem que percebemos... agirão a qualquer momento agora!


 


 Therak não captava ninguém nos arredores, mas percebe a origem do som.


 Um tubo de borracha, lugado a um galho seco. Amplificava o som e alertou alguém nos arredores... permitindo ouvir quem passasse pela estrada... e em uma escala inaudúivel aos humanos, fazia o contrário ser verdade.


- Deveras engenhoso! - fala Therak. - Nosso especialista ninja deve saber com o que estamos lidando...


- Eu nunca vi nada assim antes. - responde Noiro, encostando o ouvido e tentava traduzir o que ouvia. - "Eles acharam o tubo"... "Eu disse que não ia funcionar"... "você é um bobão"... "honra de meu..." alguma coisa, alguma coisa... "Sintirão a fúria de minha espada".


- Parecem ... Goblins discutindo! - sussurra Vilo. - Tem Goblins aqui?!?


- Shh... uma porta se abriu! - avisa Noiro. - "vamos agora..." Alguma coisa... "Troveje, irmã!". Ou algo assim...


- Isso é gramaticalmente incorreto até em Wenhaj...


 


 Um clarão cega momentaneamente os heróis... e o som desorienta todos. com velocidade incalculável, três objetos se movem pelos arbustos...


terça-feira, 27 de setembro de 2005

Ato II Tomo III: Colisão



Eram três os que viajaram: um separado dos outros dois. Estavam se encarando agora.


- Allin, para onde vamos?


O cavaleiro de Sargan ignorava Cymasi quando perguntava aquilo. Instruções do capitão.


 Mas a estrada não pode ser ignorada. A neblina de natureza mística incomodava o cavaleiro sagrado e a curandeira meio-elemental... E o colosso rubro que flutuava no abismo era aterrorizante e enervante.
... Um homem alto, com pesada armadura wenhajin, se levanta do trono.
... Os três viajantes se encaram...


Quando de repente Akai dá as costas à arena e aponta intrusos... Um homem de vestes brancas e douradas com máscara e carregando uma cimitarra e uma mulher com cabelos negros, quase 1.8 m de altura e olhos serenos como um lago calmo. Pouca roupa e uma rosa no cabelo que atinge quase a cintura


- Hmm... - o bárbaro balança a cabeça ainda sentado na posição de lótus. Era encorpado e tinha olhar penetrante. Usava uma armadura refinada e uma espada Dai-katana, mas seu ar selvagem não conseguia ser escondido com tais itens. Uma tatuagem encobria seu corpo.


- Quem são aqueles Allin?


- Alguns daqueles que batalham são os aliados do capitão... Mas... Os outros não tenho certeza... E eles se digladiam! - urra Allin surpreso, e sacando a Cimitarra. - Fique aqui, jovem. Eu porei um fim nisso!


- Você não irá sozinho! - protesta Cymasi, seguindo seu guia, contrariando a ordem.


 Akai encara longamente Win-hem... Ele SABIA o que deveria fazer... E então, volta a atenção à batalha.


Allin caminha até perto da ponte e encara Win-hem.


- Você... Tem algo a ver com aquele banho de sangue?!?


O bárbaro olha assustado.
-Não era pra você estar me vendo...Feiticeiro... E não, não sou eu o responsável por isso. - o bárbaro se põe de pé.


- Calma, er, ahn... Senhor - interrompe tímida a jovem. - Quem é o guerreiro gigante?


- Ele é Akai Tatsusama, o senhor da guerra e deus dragão vermelho.


- Tolice! Deuses entre os mortais brincando com pessoas boas... Vou deter aquela batalha insana. Se for sábio, Wenhajin, fique de fora. - fala pomposo o cavaleiro de Sargan.


- Oh, pela Eternidade, é Othen! Allin, não vá, ele não parece estar mentindo.


-Não se meta homem. - rosna o bárbaro, colocando a mão no CABO da espada - os deuses devem presenciar isso.


- Ousa ameaçar um servo do Senhor da luz do dia?!?


- Allin, pare com isso, nós invadimos esse local! - insiste a jovem.


-Exatamente. - o Wenhajin olha serio - E vocês não são bem vindos aqui.


- Qual a nossa missão Allin, seria bom que eu soubesse, agora, se é que me entende.


- Nada impõe à Luz do dia onde deve ser iluminada! Você é um obstáculo à paz e à verdade de Sargan... E como um obstáculo deverá ser ultrapassado. Minha missão é trazê-la para os servos de Asura, que agora estão sob ameaça, milady!


- Então são esses?


Cymasi, ávida, lança vôo sobre si e chega perto de Akai:


- O que o senhor da guerra pretende com os escolhidos de Asura? Poderia essa humilde mortal, filha de Atlan questionar?
- Eles guerreiam por seus destinos, pequena mortal! - responde Akai, passando a ignorar a presença da Meio-elemental.


-Aff... - O bárbaro fica extremamente irado. Não poderia mais deter a fêmea que agora voava. Então, Ataca o guerreiro da luz


 Allin lança-se em batalha também. No primeiro choque, Win-hem leva a melhor. Sua armadura supera a força da Cimitarra de Allin.


 Mas os três viajantes de mundos diferentes não era o foco daquele evento... Mas algo que começou instantes antes... Algo maior... E mais cruel... Cruzados, erguendo armas contra os seus iguais.


O Gongo soa. Os dois times se armam e avançam.


 Thiago mostra sua velocidade alcançada com arguo treinamento da última forma que poderia imaginar: Desferia a "Doutrina real", seu melhor golpe, contra um aliado. Therak estava tentando sair do alcance, e acaba sofrendo o ataque...


 Era terrível a destruição que ele fazia com uma espada veloz. Abençoado por Chan, Thiago era ainda mais mortífero... Therak sofre um grande dano antes de ficar longe do alcance de combate do humano.


 Ainda mais veloz foi Dex, que era impossível de se acompanhar com os olhos. Chan corria para o centro da arena, com atenção redobrada. Percebe a manobra de Dex, mas tudo o que faz é se defender.


 A pena-de-bronze é extremamente hábil, mas não o suficiente para deter o ataque completamente. Dex sente um nó na garganta, como se ferisse sua preciosa Michelle... Talvez por isso... Chan teve a oportunidade para aquele ataque...


- Sinto muito, Dex... - sussurra ela, antes da breve oração.


Vilo estava invisível e se posicionava... Therak ainda precisava se desvencilhar de Thiago... Deveria então carregar sua arma.


 Será que Noíro poderia vê-lo? O ninja foi o único que não avançou.


- MERDA! - protestava Del, levando um tiro. - Vai ser que nem lá na Irmandade... Ele vai me azucrinar à bala cada vez que eu armar uma flecha!


- Ossos do ofício, Elfo... - fala H. - Nada pessoal!






- Mas e meu aliado, por que luta? - pergunta ela, confusa com a missão secreta de Allin.


-POR QUE EH UM VERME RETARDADO! - Grita o bárbaro lançando se furiosamente a batalha 


Win-hem descobre que Allin é um cavaleiro de alto nível. Ele bloqueia seu ataque. Mas com um urro, Win-hem trespassa a defesa e atinge-o de novo.


- Verme e retardado?!? - fala furioso o cavaleiro. - Fui tolo em subestimar sua força e superestimar sua mente, bárbaro! Mas não farei mais isso.


 A Espada de Allin começa a liberar chamas e luz. Algo mudava em seu âmago com tal manobra.
Cymasi torna parte de seu corpo líquido e invade as vias respiratórias do bárbaro... Que começa a afogar-se em sua própria armadura. Mas o Bárbaro não para...


Allin parte. Com a espada incandescente de Sargan sua força e velocidade pareciam aumentar. A armadura rubra conquistada perante a tribo de Len, não detêm mais os ataques.


- Dois contra um é uma situação injusta. - Fala Akai, dividindo sua atenção. - Para compensar, concedo-lhe Win-hem o Dobro de sua força!


O bárbaro agiganta-se diante do olhar incrédulo da dupla... Mas continuava se afogando. Seus reflexos começavam a sentir.


- Desista e eu saio de suas vias respiratórias! - ameaça a jovem.


-CERTO- Urra o bárbaro - LAMINA FURIOSA!


O Bárbaro ignora Allin e ataca Cymasi. Ela fecha os olhos e permanece firme...






A primeira rodada passa. Fora Vilo e Noíro, todos estavam sob pressão...


E então, a estratégia começa.


Dex urra quando Chan termina a oração. Com a recente ressurreição, a resistência de Dex era mínima.


- MEUS OLHOS!!! - urra o felítrius. - Estou CEGO!!!


- Podemos trocar! - urra Chan, com a voz entristecida. - Del, Alcance da Luz em Trerak!


- Mas... -  resmunga Armageddon, instantes antes da Lança-trovão de Chan, que parecia voar, atingi-lo. Faíscas se espalham por seu corpo... E uma sequência de pequenas explosões na sua munição é detonada.


- Não teleporte, Gatinho... - fala Vilo, disparando o tiro carregado em Dex. - É um precipício abaixo! Se errar, se lasca!


 


 Therak instintivamente ergue o escudo e voa desordenadamente.


- Sinto, amigo... Mas eu nunca erro esta flecha! - fala Del, atirando.


 O Alcance da Luz atinge exatamente uma falha na defesa do Escudo de Therak, Já prejudicada com o ataque rápido de Thiago, que trinca. Therak estava muito ferido. Um ataque qualquer, e ele estava condenado.


- Mes ami... - fala Thiago, diante de Noíro. - Agora é sua vez...


- Péssimo, Allan-sama... - fala Noíro. - Conheço tudo o que Allan-sama faria, pois boa parte o ajudei a criar. Sei lutar sem armas, e você não... Você usaria sua espada se eu não sacar a minha?!?


 Thiago roça os dentes.


- Eu esperei demais...


 Um dardo veloz do ninja atinge Vilo (sim, Noíro pode vê-lo). Sua invisibilidade some... E o braço atingido começa a inchar.


- Asuka-sama... O halfling foi ENVENENADO! Morrerá em 1 minuto se não for cuidado... Abandone seu oponente para salva-lo com sua magia divina!


- Ficou LOUCO, NINJA?!? - urra Dex. - Vai MATAR o Vilo! Essa história de "times" vai longe demais!


- Não... Asuka-sama se não desistir de sua ação. Vilo e Chan fora de ação por algum tempo... Eu posso derrotar Allan-sama facilmente... Cabem aos três darem um fim nisto. Na próxima vez que forem traçar um plano de combate, pensem em consultar aquele que fundou o Clã Ninja de tatsugatana!


Off: Vilo não poderá se mover no próximo turno. Chan vai deixar sua ação para a última (Não anunciarei se será acabar com H ou salvar Vilo) e Noíro atacará Thiago desarmado.


Therak avalia a situação. O Organismo de Vilo estava reagindo à toxina...


... Therak segue com seu plano. Ele voa para baixo da plataforma e escaneia com Raios x combinado com visão de Invisibilidade... E seu corpo brilha com sua energia acumulada.


 Vilo rosna os dentes. Ele tenta se mover, mas não consegue...


... Ele não via mais Therak... Ele concentra-se na arma... Talvez... Apenas talvez... Tivesse um último tiro.


Em Goldralf, Chan deixaria Blindstrike morrer por sua causa.... Será que ela faria aquilo de novo?






A Espada trespassa seu corpo meio-líquido. A Espada mágica do bárbaro poderia ferir seres intangíveis. Cymasi suspeitava disso... Mas sabia que se libertasse a respiração dele tentando se defender, só daria novo fôlego à luta.



- MISERÁVEL! - urra Allin. - Deixe esta luta, Milady! O monstro, não importa seu tamanho, cai AGORA!


Uma bola de fogo começa a surgir na mão do cavaleiro de Sargan.


- S... Senhor Allin...


- Afaste-se o quanto der! - insiste Allin. - Eis a Explosão de Sargan! A Fúria do sol, criadora de desertos e destruidora do Mal! E seu nome está escrito nela, bárbaro brutamontes!


- Allin, não!!!!!! - protesta Cymasi. Ela usa sua magia para se curar... Win-hem avança contra Allin.


- DEIXE-O! - grita Allin.


- Se atacar, vai matá-lo!- protesta Cymasi. - Não posso...


Com a mente enevoada, o bárbaro erra o ataque... Se Allin atacasse, poderia ter terminado a luta... Mas a explosão colheria Cymasi.


 Allin desfaz a bola de fogo e ataca com a Espada incandescente. Consegue ferir novamente o bárbaro, mas não derruba-lo.


- Desista, senhor, desista! - insiste Cymasi.


Win-hem ataca Allin com fúria. A lâmina furiosa dos Len...


 O vigor do cavaleiro do sol é suplantado... E Allin tomba.


- Allin, não! O que foi que eu fiz... - sussurra Cymasi


Win-hem cambaleia na direção de Cymasi... Ergue a Dai-katana acima de sua cabeça...


... E tomba para traz. Seu fôlego se esgotou. Suas feições estavam azuladas...


Cymasi observa com horror... Outro combate... E a sua memória não lhe faria o favor de apagar a violência... Allin precisava de ajuda, e Win-hem tinha poucos segundos de vida... Cymasi não hesita.


Ela afrouxa a armadura e remove o cabuto.


Ela ajeita a cabeça, comprime peito e abdome do bárbaro... E a Respiração boca-a-boca. Só para quando o bárbaro cospe toda a água.


Com a vida do inimigo salva, ela se dedica a Allin.


- Dois cavaleiros indo aos extremos... E uma jovem com coragem para arriscar sua vida por um oponente! - fala Akai, esquecendo momentaneamente da Arena dos Cruzados.


- Obrigado, Senhor do Combate, é um alto elogio, ainda mais sabendo de quem vem. - Allin, você está bem?


- Envergonhado com a derrota, Milady... - fala o cavaleiro de Sargan.


- Ouve as palavras de sua defensora, servo de Sargan? Porque não as honra com a verdade?


Allin manea a cabeça.


- É hora de saber a verdade de sua missão, Senhor Allin...


Win-hem se levanta... E discretamente ouve a conversa.


- Madrid determinou-a em um jogo... - fala ele. - Ao capitão também. Minha missão era trazê-la aos Cruzados de Asura, longe das águas, na esperança de tê-la convidado pelo Time da Luz, ao invés do Time da água.


- Como assim times?


Akai sorria por baixo da máscara.


-uggghhhh.... - o bárbaro começa a levantar.


- Eu não tenho time nenhum, apenas busco meu salvador, e aliados nessas estranhas terras com esse ar seco seriam úteis.
- Os seis elementos deverão formar times no fim deste mes para uma guerra. Os detalhes são obscuros. Hardman precisou de Madrid para deter Caspeeo, e agora é "o rei" do time de Água contra sua vontade. Mas não quer que uma inocente junte-se ao time porque a deusa é maligna e ambiciosa...


- No que aquele Capitão e você estão me colocando?


- Eu... Não deveria ter contado, milady.


- Deveria, desde o começo.


- Asura não tem pretensões na Guerra. Se juntar-se ao time dela, terá mais poderosa dentre os elementos como patrona, e nenhuma necessidade de guerrear.


- Quem são os outros reis?


- Eu só conheço Yermina, de Fogo; Shrits, de Ar;  E Hykaro, de Luz




- Yermina, aquela que o capitão disse ser perigosa, era outra mentira?


- Não... Ela é maligna também, e serve a Efretti. Inimigo de Madrid


- Para você todos são malignos exceto Asura?


- Div, de ar, é bondoso, mas seu rei, Shrits não.


Allin percebe Win-hem.


- e você, bárbaro... Perdoe-me. Se acreditasse desde o princípio em Othen, seria mais respeitoso.


Akai gargalha.


- Você mostrou seu poder de luta! Deteve-se para não ferir a companheira, mas ainda assim foi de se admirar.


-Só não me tome por mentiroso novamente amigo. - sorri o bárbaro - Agora a batalha. - o bárbaro a assistia compenetrado


- Então, como o Capitão me salvou para que pudesse continuar minha missão irei salvá-lo, meu caminho agora será o de Asura e sua vitória será a liberdade do bom capitão.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

ATO II TOMO II: Desafio das cores その他


Kaede parece aquelas típicas jovens tímidas e agradáveis... deve 19 anos... e os Heróis devem fazer uma terrível revelação a ela.


Armageddon lê sua mente, em seus pensamentos mais superficiais. Ela está com desconfiança dos aventureiros... Outrora, alguns abusados já tentaram passar do limite, mas nada grave aconteceu.


 Ela era bastante sensível e perceptiva. Nenhuma tentativa de esconderem o desconforto era inútil àquela altura...


... Não que Thiago fosse agir diferente se soubesse o que ele sabia.


 Therak cojitava abandonar o reino... mas as inviabilidades desse procedimento, aliados com a garantia nenhuma de perseguições futuras, muda sua linha de pensamento.


Thiago sabe que Allan-sama prometeu a Noiro... E que toda a população regida pelo Clã de Lee, 1/5 dos Wenhajins, pena a 300 anos desde aquele dia... Inclusive Noiro.


...e o q Vilo pensa disso tudo?


“O que a gente ganha com isso?”


- Como poderíamos contactar Naron? Se bem que...


Del olha de canto de olho para o Mosqueteiro.


- Negociar com naron?!? – ri Vilo entre os dentes. – Ninguém em sã consciência faria isso... Todo acordo que Naron faz é lesivo... até EU sei disso!


Thiago olha um pouco pra ela, pensativo. E diz:


- Mas a escolha final, é dela. Como ela pode escolher, sem nem saber o que ocorreu...


 


Kaede não escutava a conversa, mas percebia os cochichos. Ela deixa a lenha onde estava e se aprocima ressabiada.


- Senhores... Devo dizer que não estou confortável com vocês... Se quiserem alguém mais experiente, eu posso pedir para me trocarem...


 


- Calma ae... Fica aqui. – fala o “sensível” Halfling. - O Thiago tem uma coisa pra falar...


— Como eu disse, não devemos tratar deste assunto aqui ou agora. – fala Therak. — Ofenderemos nossos anfitriões se desrespeitarmos suas tradições.


 


- Hãã... Que assunto? – pergunta Del completamente confuso.


Vilo cutuca Tiago (com o cotovelo, que fique claro) - Fala alguma coisa...


 


Thiago olha para a jovem e diz:


 


- Aqui está um pouco incomodo, mas será que podemos nos reunir depois? Há algo que você precisa saber. Algo sobre seu passado.


- O que seria?


 


Kaede lança um olhar preocupado e confuso. Nada que facilite a missão.


- E uma decisão importante que deves tomar. Encontre conosco assim que terminar seu serviço e lhe contaremos.


- Senhor está me assustando... Eu... Eu peço para que me deixem em paz...


- Só precisa saber que toda Wen-Ha depende de você! – pontua novamente o nada discreto halfling.


— Basta, senhor! – declama Therak.


Thiago continua fitando-a... Buscando passar a sensação de confiança... Inútil àquela altura.


 


- Eu só faço artes e cuido do banho, senhor. O daymao pode arranjar guerreiros... Deixe-me em paz!!!


 


- Será feito, senhorita. - fala Thiago solenemente. - Perdoe-me pelos meus modos gaijins.


Kaede deixa a fornalha... Encara alguns segundos.


-Uma gueixa mais experiente virá servi-los em breve, senhores.


 


Ela começa a sair.


 


- Thiago, por que diabos a gente tem que fazer isso?


Therak dá um “caldo” no Vilo.


[globglob]


- Filho duma ronca e fuça! – protesta o pequeno ao emergir de volta.


- Therak, acompanhe os passos dela. – sussurra Thiago, tentando pensar em outra forma de abordá-la.- Geddom, leitura de mente.


- Ela não confia em nos...


- Dãã... – fala o Elfo. – EU estou com minhas desconfianças...


- Não é isso! – protesta H. – Ela vai buscar... Ajuda...


 


- Não podemos deixá-la sair daqui, se Noiro a encontrar, ela estará morta.


- Então vai atrás dela, tapado!


 


 Therak a vê quase ás lágrimas passando o "serviço" para uma Gueixa mais velha e elegante... E percebe que essa nova serviçal coloca uma Wakizaki (espada curta como uma adaga) nas vestes. E percebe que as armas estavam afastadas da banheira...


 


Thiago levanta-se, secando-se para colocar suas roupas novamente quando chega a nova Gueixa.


- Bom-dia senhor. - fala ela. - Ainda não acabou seu banho...


- Há coisas mais importantes pela honra de Wen Ha que meu banho, mon cher. – fala Thiago, olhando um pouco sério para ela.


- Tem até o meio-dia... E então, teremos o almoço e o chá.


Ela começa a caminhar suspeitando de Thiago... Com a mão sob as vestes.


- [o que está fazendo senhor?] (em Wenhajin)


— Senior Thiago, acautele-se! A seniorita está em posse de um gládio tradicional.


A gueixa arregala os olhos surpresa. Estava sendo espionada de alguma forma.


- Me vestindo, milady. – fala o trevilense tentando desconversar. - Pode não parecer, mas sou um cruzado da luz e namorado de uma pena de bronze. Se tem dúvida da minha honra, então olhe nos meus olhos. E pode enfiar essa wakizaki em meu ventre.


magodzilla@hotmail.Com diz: o O(Tomo o maior cuidado para que um conhecedor superficial do melinês não conheça as palavras que uso, e ele entrega tudo de bandeja...)


- Essas ... Esses títulos não representam nada para mim. Mas faça mal à minhas protegidas e eu não responderei por meus atos.


- O que nós perguntamos à jovem é se ela poderia se reunir a nós depois, pois tínhamos algo importante a contar a ela.


- Ela não faz ESSES serviços, seu canalha!


- Uma decisão que ela tem de tomar que envolverá toda Wen Ha, e a própria honra dela.


- Não falo dessas... Coisas, senhora!


— Como eu disse, senior Thiago! Não... Force... O... Assunto.


- Ela está me ofendendo! – protesta Thiago olhando para Therak. - Se quiser, pode vir junto, você e todos que desejar.


magodzilla@hotmail.Com diz:oO(Se não fosse humano, ganhava um caldo também!)


- Quando a adotei como minha irmã que nunca tive, o senhor que a trouxe avisou que um dia tentariam tirá-la do círculo da vida à força... Alegando estarem a Serviço do reino...


Ela saca a Wakizaki e grita: "Erobaaaka! Kaede sato tateibayan!”*


 


*[Tarados! Kaede, peça ajuda] em Wenhajin


 


- Eu nunca a forçaria a se matar. Nem a mataria.


- Chega de FALAR! Para o próprio bem de Thiago! – urra Therak o puxa de volta à banheira.


- "se matar”?!? Você é um louco...


Thiago pega a lâmina do wakizaki e coloca no pescoço dele.


 


- Se não acredita, pode agir.


 


Ela investe contra Thiago. A Banheira em segundos se torna rubra com o sangue (off: TODOS estão pintados de sangue).


 


Foi um golpe de ponto específico, Thiago. Ignorou Armadura E Habilidade. Thiago caiu para 1 PV e ficou incapacitado por 2 rodadas. Sim, ele tem o anel de regeneração: 1 pv por rodada...


 


 


Therak vê: Kaede já foi porta afora gritando. Um senhor já deteve Dex ao ouvir Kaede repetir as acusações da Gueixa...







- Tarado? – fala o Daymao. – Quem está lá?


- O Thiago e a Galera... – fala Dex, olhando confuso a agitação.


- Thiago-sama não se associaria a tarados.... deve ser um mal-entendido!


- Fale isso... para... ELES!


 


 Pessoas começavam a sair de suas casas. Muitas vassouras e ferramentas de cultivos, bem como algumas espadas. Não havia nenhum miliciano até então, mas os aldeões pareciam decididos a fazer a justiça...


 Dex só acompanha com o olhar a jovem assustada correndo para longe.





 


Therak salta (tarde demais) e isola a gueixa de Thiago. Facilmente o construto a imobiliza contra a parede oposta.


— Armageddon! Precisamos de um clérigo agora! – grita o Construto.


 


- Para que um anel regenerador? – rosna Armageddon, deixando a banheira e correndo na direção das roupas. Deixe que eu tive uma idéia...


 


Armageddon pretendia usar a aparência de Suzuki, a “irmã” de Kaede, para dispersar os curiosos e tentar lembrar para onde ela teria corrido... mas a revelação se mostra terrível.


 A Gueixa assiste horrorizada quando um dos heróis simplesmente adota a sua forma.


- Milady... – adianta-se Thiago. – Sei que você não quer mal à irmã... terá de acreditar em ...


-Não! – pontua Armageddom/SHuzuki. – Não dêem mais nenhuma informação a ela!


 


Therak desarma a gueixa, por segurança. Ela, então, tenta golpear seu captor... mas tudo o que faz é desativar o disfarce ilusório...


 


- "Therak, ela é uma sacerdotisa de Kuori tatsusama que tem por missão impedir que o segredo de Kaede seja conhecido, ela não pode sair livre desta sala"







 


 O Daymao tenta deter a multidão. Dex tem ganas de entrar e ver o que ocorreu, mas também é detido...


 


... E então Therak – mescla de luz e sangue, surge. Todos urram horrorizados. Um ou outro percebem algo invisível empurrando-os... ou manchas de água e sangue na região. Invisível, Vilo saia da frente do bando.


 


- Sênior Dex... – fala o construto. – Uma jovem passou correndo...


- Credo! – fala o Felitrius em choque. – Tomaram banho de SANGUE?!?


- Mais ou menos. – fala Therak. – A jovem...


- Eh... A que começou a balbúrdia correu para o sul...


 Therak estende sua visão. Percebe Kaede se afastando.


- [São os Erobaka!] - urra alguém na multidão. – [ Linchen-nos!]


- Ninguém vai linchar ninguém! – urra o senhor que estava com Dex... Therak percebe a gravidade da situação.


- PAREM! – grita SHuzuki, saindo da casa. – Eles não são Erro-baaka... São só Baaka mesmo!


 


Therak não podia deixar Kaede perdida. Prefere confiar na habilidade de seus aliados e alça vôo. Percebe Vilo o seguindo... seria um apoio se as coisas piorassem... ou pelo menos confundiria todos com sua nudez.


 


 Del amarra a verdadeira Suzuki(off: Therak tinha cordas e deixou-as lá) e Joga-a na banheira. O Kimono pesado mais as amarras impossibilitam que ela saia tão cedo...


- Boa sacada né? – ri o elfo. – às vezes... a gente recebe inspiração do nada...


 


Enfim, todos estavam do lado de fora. Tentavam encontrar therak, mas estavam detidos.


 O daymao então percebe o pescoço de Thiago ferido... e cicatrizando.


 


- Thiago-sama... – fala assustado o Daymao. – O que é isso no seu pescoço?!? BRUXARIA?!?


Todos olham assustados. Thiago percebe que para aquela turba voltar a ser uma multidão furiosa, bastava um incentivo...


- É um dom concedido à minha pessoa. – fala o Trevilense. - Uma benção dos deuses-dragões.


- O senhor conheceu os deuses?!? ELE CONHECEU OS DEUSES!!!


- Calma meu povo, calma... - diz o elfo. - Se você acham que ele conheceu os deuses... deixa-me contar a minha história


A multidão se acotovela para tocar Thiago. Conseguiu evitar o linchamento... mas agora seriam detidos por muito tempo...





 


Therak seguia mais à frente e conseguiu ver Kaede escondendo-se em um sombrio beco sem saída. Ele percebia Vilo seguindo de perto...


 


... Mas só percebeu o Vilo...


 


Therak acompanha mais de perto, ainda discretamente. Kaede escondia-se atrás de barris de lixo, assustada demais sequer para erguer a cabeça e ver se havia mais alguém lá.


Therak estava convencido que se apresentar de supetão a assustaria.


Pousa, então, fora do beco, reassume a forma Jïnan e entra Cautelosamente.


— Se eu encontrasse seniorita Kaede... - diz ele, para que ela escute.


...Kaede ouve, e se encolhe. Parecia um pesadelo...


 


- O que está fazendo, Therak?!? – sussurra Vilo.


 


— ... Eu imploraria seu perdão pelo comportamento lamentável de meus colegas. – continua Therak.


 Vilo esgueira-se invisível até Kaede... procurando armadilhas e com a Besta em Riste. Ele percebe que a jovem havia pego para se defender um ameaçador Nabo do lixo... E lembra que não estava de calças.


 Ela estava nervosa, mas não se debatia. Talvez estivesse dando certo...


... Mas Therak jamais teria a chance de saber.


 Um vulto aparece em seu radar. Na entrada do beco... Vilo só percebe a súbita agitação de Therak.


— Nenhum mal será feito a Kaede! - exclama ele, agora para o sujeito. Therak contempla-o diretamente.


Com raios x, Therak percebe que se tratava de um indivíduo fortemente armado...


1 espada Katana, 3 espadas menores, muitas adagas e Shurikens... era muito bom... Se movia sem produzir sons.


Therak amplia o espectro de visão... e percebe: Apesar de parecer humano, havia uma aura estática diferente... como se vinculada à própria matéria de seu corpo...


Therak comanda Veritas, para se aproximar por trás do intruso e lançar um ataque paralisante


Veritas voa rasante... faz mira... e o alvo desaparece. Por alguns instantes apenas.


- THERAK! CUIDADO! – urra Vilo, disparando um virote na direção da sombra de Therak... atingindo o OLHO do Ninja, que se materializava atrás do golem.


 


Materializando o escudo, Therak vira-se, saltando para a posição de Kaede. Precisa se jogar contra o intruso... E atravessa-o como a uma sombra...


 


— Aparição! – Exclama o construto.


 


O intruso ignora Therak.


 


Kaede, assustada, deixa a proteção... Encara Vilo atrás dela... encara Therak... Mas seu maior pavor vem ao observar o intruso e sussurrar:


 


- Shinobi...


 


... O estranho de negro posta seus olhos nela...


 


- Ahh.... - sussurra o estranho...


 


 Kaede até que pretendeu escapar... Mas a visão do intruso sombrio a desestimulou. Therak em sua forma real era ainda menos assustador. Não tem problema em colocá-la nos braços.


 


- Sem manda daqui com ela! – urra Vilo, armando o virote novamente.


 


- Sênior Vilo...


 


- Tá, tchau! Vai logo, eu me viro...


 


Therak obedece, surpreso com o rompante heróico do Halfling. Mas tem a impressão de ter visto de relance a criatura em uma janela do 2º andar... Depois em uma sombra no canto entre a parede e o teto... E em seguida, de pé no telhado... Mas quando alcançou céu aberto, não viu mais nada.


- Shinobi... - sussurra assustada. - um Shinobi... Ah mesamisama...


 


- Finalmente... eu encontrei... - sussurra o ninja.


Vilo viu que uma "mancha" é jogada pelo ninja nas costas de Kaede, mas Therak foi rápido demais para avisar


 


... Agora, o ninja encara o halfling.


 


- Você me deve um olho.


 


Vilo engole a seco, e se teleporta... o mais longe possível... na direção dos amigos.


Noiro passa a mão no seu olho... completamente regenerado.


 


- Kuoritatsusama não seria tão misericordioso por me poupar de assistir os eventos a seguir... – sussurra ele, desaparecendo.


 


...


 


- UFA! – suspira Vilo aliviado ressurgindo entre H e Thiago. – Um fantasma no beco... quase me ...


 


... Então o halfling olha ao redor, e se vê nu diante de uma multidão.





 


Chan vê Yius finalmente pousar... com um ar desaprovador.


 


Ela segura firmemente a lança e caminha na direção dele. Passo a passo.


 


Kioru estranhamente não respondia... e Yius não fala nada...


 


E então... a revelação.


 


Chan enterra sua Lança-trovão no ombro do deus da justiça, na junta entre a placa peitoral e a ombral de sua armadura.


 


Yius está impassivo.


 


- Você é um impostor... – fala ela com ódio na voz, mas também com surpresa ao ver sua arma mágica sequer incomodar seu alvo.


 


- Eu temia que você tomasse uma atitude insana, Asuka Daiki.. – fala o deus da justiça. – Você deverá ser afastada... de vez...


 


 Um furacão que se formava acima dos dois desce à terra... com um estondro... deformando rocha sólida...


 


... era o poder da vontade de um deus maior.







 


Enfim, após mentira seguido de mentira, os heróis chegam. Mas sabendo que Suzuki seria encontrada ou fugiria a qualquer momento... mas isso só complicaria mais ainda a situação.


 


Encontram therak à beira da estrada sul, segurando Kaede pelo braço. Ela não mais debatia... não por confiar no construto... mas por medo da figura lendária dos assassinos Shinobi.


— Acredito que seja hora de pararmos com as infantilidades, senior Thiago - Fala o construto. — Não se preocupe, seniorita Kaede. Nenhum deles fará mal algum a você.


- Então, conte a ela, Therak-sama.


— Não.


Kaede olha assustada...


- Ela tem o direito de escolha.


— Antes conte você: o que você sabe sobre um shinobi assassino?


- Shinobi mekai tukino...


*[Ninguém escapa de um Shinobi] em Wenhajin


- Noiro.


- Duvido muito... – fala Vilo. – Aquilo não era humano... ele emergia das sombras como... bem... DAQUELE JEITO!


A Sombra de Kaede de repente parecia tomar vida... Todos saltam de vez.


- Trezentos anos de sofrimento... Finalmente se aproxima o fim da profecia...


 


Assustada, Kaede desmaia...


 


Todos ficam em posição de combate... então Thiago enfurecido grita.


 


- Olha o que VOCÊ FEZ! Não tem educação?


 


— Controle seu "amigo", Thiago. – fala Therak, deduzindo sua identidade.


- Calma, Noiro. Deixa-a saber pelo menos o motivo do que está pra acontecer.


— Não hoje. Não desta forma! – fala Therak


- Vocês... Não... Contaram?!? – pontua Noiro, com uma voz assustadoramente irritada.


- Se é por isso, não contaram para mim também... – rosna Dex.


 Del aponta a cabeça do Felitrius para a jovem desacordada e sussurra: “Apresento-lhe Mishato Lee-sama... Imperador trapalhão de 300 anos atrás”.


- Eh... não deveria ser homem?


- Não. – interrompe impaciente o ninja. – Deveria ser Mulher ANTES. Aqueles com alma imortal ao desencarnar pode escolher sua nova vida, baseada nas aprendizagens da vida anterior. Pessoas humildes que se mostraram valorosas voltam como heróis. Pessoas que cometeram pecados específicos regressam como aqueles que combatem tais mazelas... É o caso de sua namorada, Allan-sama.


- A Chan?!? – surpreende-se Thiago.


- Ela, numa terceira vida pregressa foi humilde excessivamente. Deveria retornar como alguém diferente... para equilibrar seu carma. Kuori Tatsusama deu a ela a vida mais importante de Wen-ha: O Imperador... E fez dela homem.


- Fez ela homem ou fez do Mishato...


- Elfo? – brinca Vilo, que recebe um cascudo de Del.


 


Noiro tira cordas e amarras dos bolsos.


— O que pensa que vai fazer! – interrompe Therak.


- Eu soube no momento que o vi que não gostaria de você... – fala Noiro, ignorando-o. - Allan-sama saberia lidar com seus subalternos.


- Eles são tão meus subalternos quanto você.- fala Thiago. – E Therak só não vai deixar que você faça mal à Kaede...


- Já matei apressadamente Mishato antes... e tudo desandou. Eu olho o mundo veloz, e vejo florestas nascendo e morrendo. As cores são opacas, e o sabor é aguado. A última pessoa que faria mal a ela seria aquele que viveria esta agonia por mais trezentos anos.


- E a maldição continuou atuando. – fala Thiago.- Pela honra, o sepukku deve ser realizado voluntariamente.


- Deixe-a comigo. - fala Noiro, tocando o chão. - Vocês tem seus problemas agora.


- Prometa que vai contar tudo a ela e que não vai encostar um único dedo nela, sem a permissão da mesma, mês ami.


- Assim que seus olhos se abrirem. – fala o ninja.


— Receio que não possa concordar... – fala intrusivo therak.


- Eu falei... – insiste o ninja. – Vocês têm seus próprios problemas... Com a companheira ausente...


- Chan?! – urra Thiago assustado.


 Nisso um terremoto atinge a cidade e é sentido na estrada.


 


- Onde ela está, Noiro?


- Você quem sabe...


- Ela tinha ido encontrar com...


 


Thiago se cala. Ele começa a correr para o norte. Todos vão juntos.


 


 Therak hesita em segui-los.


 


- Thiago defrontará sua destruição diante de um poder que ele jamais poderia superar. – fala Noiro. – Não vai detê-lo?


- Ele é seu amigo... – fala Therak. – VOCÊ não vai?


- Para mim, a morte é algo natural... e que anseio. E para você?


 


Therak passa a correr também. Poderia voar, mas talvez precisasse de toda a sua energia.







... O que ha algumas horas Thiago havia avistado uma extensa planície, agora era interrompido por o que parecia ser um vulcão baixo, com uma larga cratera.


"Chan espere por mim, estou chegando"


 os heróis sobem a escarpa lateral até seu topo, e vêem, no centro da curiosa formação duas pessoas.


- Bom... Há testemunhas. - fala Yius, removendo a lança-trovão de seu ombro...


 


A seus pés, ferida e se arrastando, Chan.


 


- Miserável!!!!! – urra Thiago puxa seu florete rapidamente e caminhando pesadamente até os dois.


- Eh... Thiago acabou de chamar Yius de “Miserável”?!? – sussurra Del.


- O que pensa em fazer, Mortal? – fala Yius, como se acima das bravatas.


- O impossível para salvar aquela que eu amo! O que é justo fazer!


- Thiago... - sussurra Chan. - Não... ele não... é...


-A loucura de Cyr ha muito a contaminou, e mesmo eu fui cego a isso! – fala o Deus da Justiça. – Por seis meses ela espalhou o caos fingindo seguir meus ensinamentos, e será punida por isso. Se serve de consolo, seu responsável seja encontrado e igualmente condenado.


- Yius nunca atacaria uma de suas servas por ela ter sido afetada por algum outro deus!!!!


- ELA me atacou... E... Oh! porque eu dou a palavra às crias? Eu sou o Criador!!


- Porque é justo a ser feito! Você não o está sendo!


Chan se ergue, e com unhas, tenta arranhar Yius... Sendo lançada longe com o vento das asas do deus. Thiago precisa segurá-la para não cair no chão de novo,


- E então, é justo que um deus ataque assim um mortal?


- Os deuses são a Vida e a Morte dos mortais. – fala Yius. – Você acha que pode mesmo contrariar a vontade do maior dos deuses?


- Será que ele me perdoa se eu flechar ele? – fala trêmulo o elfo, com arco em punho.


Chan rosna algo incompreensível.


- Se ele acredita tanto nisso, por que não tomou o poder de toda Eternidade e Meliny e deixou todos terem direitos iguais?


- "Ele"? – urra Yius. - É! "Ele!"


Um clarão irrompe os céus quando uma lança se materializa nas mãos de Yius.


- Você está achando que eu sou um impostor?!? Não aceitaria isso do mais nobre entre os mortais... muito menos de um jovem TOLO que não sabe seu lugar!


 


Thiago puxa seu florete.


 


- Prove isso, sendo justo!


- Okey Dokey... Esse aí já era... -resmunga Dex.


- Vamos, estou desafiando-o! Seja justo como todas as leis que a Chan teve de decorar.


- Confunde-me com o Exilado Dee-jihn, que aceita desafios... ou com o precipitado Othen, que adora sujar as mãos. Esta é sua última chance de me entregar a pena de bronze e não sentir a fúria de um deus maior!


Therak chega e, primeira coisa, escaneia Chan. Era real. Era a sua aliada... estava ferida... e perturbada.


Então escaneava o tal deus, sem sair da frente de Chan. Seu coração batia como tambores em uma orquestra. Suas veias transpunham energia a seus membros ao invés de sangue. Uma aura o circundava ... Uma aura centenas de vezes mais poderosa que aquela que avistaram em Drakentar. A única coisa que vem às memórias de Therak é que o Avatar pode ocultar tal majestade... se quisesse.


 


Yius se cala. Aponta a lança para Chan, e começa a caminhar...


- Therak, proteja Chan. Esse duelo é meu. – grita Thiago. - Eu protegerei a pessoa que amo, e a própria Luma será testemunha do que faço!


 


Thiago começa a sentir uma ventania o empurrando para baixo. Ele se vê colocado de joelhos...


 


- Isso é feito com a força de minha vontade, mortal ingrato. – fala o deus da justiça. – Com meu desejo, converteria seu corpo em carvão. Com minha fúria, espalharia cada átomo de seu corpo pelo Esquecimento. Em combate, afundaria esta ilha a partir do ponto onde você me desafia!


- Pois vejo que a justiça aqui foi deturpada.


 - Então, um será condenado pela loucura... E outro pela rebeldia!


— Licença... só uma perguntinha, "seu" deus? - diz Therak, pateticamente levantando o dedo no ar.


Yius ergue o olhar. Estava estupefato.


— Esclarece um leigo aqui a respeito de uma coisa?


- debocha de mim, criatura?


— De forma alguma! Só quero fazer uma pergunta.


- meu tempo é precioso.


— Pensei que os deuses eram senhores do tempo também, mas... Tudo bem. A pergunta é: um louco não é considerado inimputável, ou seja, não pode recair culpa sobre sua pessoa? E além do mais, em nenhum momento de nosso convívio Chan demonstrou sinais de comportamento insano. No máximo, uma fobia que ela superou há tempos!


- Therak. Esse não é o Yius. Ele não nos atacaria por estarmos defendendo Chan e ele a levaria a um julgamento. Não adianta argumentar.


— Senior Thiago... aquiete-se, para seu próprio bem.


 


Yius sorri (sim... bizarro).


 


- Eu não disse que era Yius... - fala ele. - Disse que era o maior dos Deuses... e vocês, bitolados achou que o Maior dos deuses seria o velhaco que se clama “líder do Panteão”...


- E quem é você?


- Temos um acordo, Thiago... - fala ele. - Um ano e 27 dias atraz...


As asas são as primeiras coisas a desaparecer. A barba vai logo em seguida, à medida que a pele escurece...


- Naron!


As feições de Del ficam sombrias.


- Vem cá... - ri Naron. - O Golem ia mesmo "alegar insanidade"? Essa eu tenho de contar para Cyr...


- O que deseja com a Chan, Naron?


- Ah... Com ela? Nada. Com você? Um teste... O primeiro de cinco... Parabéns... Um a zero para seu time. Você desafiaria forças invencíveis por sua causa...


- PRECISAVA feri-la?!?


- Ah... “isso”... Antes que eu esqueça...


 


Com um gesto, as feridas e o humor alterado de Chan desaparecem. Ela tomba desmaiada.


- Quer saber mais sobre os cinco desafios?


- Por que esses cinco testes, Naron?


- Não se responde uma pergunta com uma pergunta... – ri o Esquivo.


Thiago rosna.


_ Ok... Desejo saber dos Cinco desafios.


Naron coça o queixo.


 


- Eu também.


- Hã?!?


Naron muda de forma para um elfo com traços wenhajins e kimono.


 


- Eu só sou o responsável pelo primeiro teste porque estão entrando em minhas terras. Os outros quatro serão feitos pelos demais senhores de Wen-ha... Akai, Kioru, Midori e... como é que chamam a Mab mesmo?


- ... Shiro? – fala Thiago desconfiado.


- Bem... Eles farão os demais... Pode ser uma charada elaborada... Pode ser um "Pega-pa-capar". A única regra é que: Haverá a cor representativa deles identificando-os... Para a transação das Dinastias serem pacíficas, devem vencer 3 dos 5. ou seja: podem perder 2 ou empatar todos os outros...


— Caso contrário, haverá guerra. – conclui Therak.


- ô... - ri Naron. - Foi uma medida... Na última vez, um de nós ... eh... Se excedeu... Aquele desmiolado do Kuori tatsusama afundou as terras de Lee... vê se pode!


- Entendo. Pode ter certeza que venceremos.


- E então? – desconversa Naron. - Lindinha o Imperador, né?


- Esse era outro assunto a tratar. – adianta Thiago. - Não há uma forma dela se livrar desse carma sem ter que cometer seppuku?


-  No roteiro que eu planejei para hoje, eu devo contar a historinha da jovem...


 Todas as almas, cumprida uma "faze" escolhe uma forma para renascer. Em uma vida terciária, uma jovem humilde, sabe como os Wenhajins tratam as mulheres aqui, desejou ser uma figura importante. Renasceu então na forma do mortal mais influente de Wen-ha: O Shogun.


 Mas o poder foi demais para ela. Perdeu o controle, e seu orgulho ignorou meus avisos. Eu ainda tinha esperança de não "queimar meu filme"... sabem como Yius pode julgar, né? Bem... quando o Ninja se intrometeu... eu soube como reagir...


-Ou seja: Não. Quero um bucho cortado... e com sentimento!


Del deixa escapar uma gargalhada... Mas depois se arrepende


- A partir de AGORA, os Cinco Desafios dos deuses-dragões começam! - Urra Naron, desaparecendo, e provocando uma breve tempestade.


- EI! ESPERE!


O crânio de um dragão-tatsu negro, grande como um castelo surge repentinamente e encara Thiago.


- [Você chamou um deus maior de Miserável hoje!] – urra a criatura em Wenhajin, com tamanha autoridade que inteimida mesmo quem não entendia. – [Não abuse de sua sorte, Mortal!]


 Enfim, o último vestígio de Naron se vai.


 


Chan desperta lentamente.


 


- Oh... que susto você me deus... – fala Thiago abraçando.


- Olhos ... Negros... - sussurra Chan.


- O que?!?


- Os olhos de Yius são cinzentos... Aquele tinha olhos negros como a noite!


- Putz! Juro que nunca havia reparado! – resmunga Del.


- Servos humildes não olham os nobres nos olhos... – fala Thiago. – Isso deve valer para os Deuses. Instintivamente desviávamos o olhar. Naron sabia disso... E usou como forma de esconder sua “pista”. Espero que os demais não seja tão... sutil.


- Eu sabia que seria uma missão complicada... Mas não tanto assim. – fala Chan.


- Tivemos problemas em Akidaio...


- Eu sei, Dex... – fala a pena-de-bronze, chamando Kioru. – O maldito, enquanto me mantinha prizioneira do encanto me mostrou tudo. Vamos...


- Ao seu lado, meu amor, vou aonde desejar. - fala Thiago sorrindo.







A gueixa estava amordaçada e amarrada. O ninja acendia uma fogueira. Nem levanta-se com aq chegada dos heróis e suas montarias (inclusive o desconfortável demolidor de Vilo).


- Nos encontramos de novo, caçador cármico. Contou a ela?


- Claro. – fala Noiro. - Não entendi porque vocês hesitaram.


- Não hesitamos. Ela fugiu antes da gente explicar.


— Alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias. Não dispúnhamos de nada mais do que a língua comprida de Thiago.


- Deveriam tentar a Verdade. Ela aceitou. Não muito bem, mas aceitou. Acabei de tirar qualquer dúvida.


- Tentei negociar com Naron... ele é inflexível. – fala Thiago.


- O que há para Negociar? – fala Noiro aceptivo. - Ela cometeu um erro, e eu também. Iremos corrigir isto no presente.


- Eu sei, mas achei que poderia haver outro meio. Não pode me culpar por tentar... Allan também o faria e sabe disso melhor do que eu. Qual o próximo passo agora?


— Desamarrar e desamordaçar Kaede. – fala Therak.


- à vontade. - fala o ninja. - Ela poderá gritar, mas ninguém a ouvirá aqui... ainda mais depois do terremoto.


- Eh, Seu “Ninja”... – fala Del. – Não tem sequer curiosidade de saber o que era aquilo?


- Não. – fala ele secamente.


Therak aproxima-se cautelosamente de Kaede e sussurra para ela: "Seniorita, entendeu a situação que Noiro descreveu?" e com cuidado retira sua mordaça.


Kaede olha fixamente para o vazio.


- por que.... Por que eu?


uma lágrima corre.


Thiago apenas observa suspirando, mesmo sendo uma alma imortal, ainda era uma dama. Ele cerra o punho e olha para o chão.


Fosfenos etéreos volitam a partir dos receptores oculares de Therak.


- Chan... Não há outra forma?- Sussurra Thiago..


- Profecias não é meu forte... – pondera Chan. - Mas são muito sérias para os Wenhajins... Algumas ganham força de Lei. E infelizmente, a vida humana em Wen-ha é um direito secundário.


 


— Não é obrigada a tomar nenhuma atitude, seniorita. Vamos, retornemos à casa do Daymao.


 [Kaede]- Não... não precisa. Acabemos com isso... – fala Kaede aos prantos. Ninguém ousa contestar, cabendo ao ninja a resposta.


- Não ouse. - fala o ninja. - O Sepukku não é um suicídio. É um Sacrifício. Você deve acreditar no que faz. Se apenas tirar sua vida banalmente, terei de esperar mais trezentos anos.


- Eu só posso sugerir... não sei... algo que sensibilize Kaede com o povo Wenhajin... – fala Chan. - Bem... eu mudei muito durante a Cruzada. Vimos novos ambientes... Conhecemos os detalhes daquilo pelo que arriscávamos nossas vidas... E a meu ver... há alguém que merece conhecer o motivo de tudo isso: O Shogun atual.


- Tolice! – protesta Noiro. – O velho tolo pode condenar tudo!


- Mas ele deve escolher, Noiro-sama. – fala Chan.


- O perdão pela desonra? A "Redenção", como diria Spaniel? Em uma nova cruzada por Wen-há...


- Ficar parados aqui, expostos aos elementos, não ajudará... Wen-ha é menor que o Império... levará poucos dias, cumprindo nosso compromisso com Asura, e ... eu desejo voltar ao Terreno do Nordeste... de meu Pai.


- Se saírmos de viagem, aviso: - alerta Noiro. - Minha missão é unicamente Mishato-chan. Não sairei de sua cola momento algum, nem para salvar suas vidas. Esperei tempo demais para perder tudo.


- Então, se há essa alternativa, que ela seja realizada. Partamos em direção ao Shogun. Não se preocupe, Noiro, não pediremos que faça mais do que cumprir com sua missão. Assim como eu honrarei minha promessa.


- Muito bem. – fala Therak. - Preparemos a jornada e partamos o quanto antes.


- "preparar"? – ri Noiro. – A essa altura, somos esperados. Aqueles que desejam a desonha de Lee e de Wen-ha tentarão disvirtuar a missão... destruir a alma de Kaede. Devemos viajar incógnitos, e observar nossa retaguarda a cada instante. Dormir com olhos abertos e suspeitar de cada sombra.


- Ah, os bons e velhos tempos... – brinca Del.


- Lembre-se que ainda temos mais quatro desafios na nossa estada. – fala Thiago.


- Minhas coisas... estão na Casa de Banhos – fala Kaede. – Não estou... “discreta”. Nem tirei minha maquiagem...


- Suas coisas são rastreáveis. – fala Noiro. - Arranjaremos mais no caminho...







 Chan possuía algumas roupas mais discretas e cede a Kaede, que agora se banhava em um lago afastado. Chan e Noiro protegiam o local ( NADA afastaria o ninja... mas ele fica de costas o tempo todo, pervertidos.)


 


Therak rastreava o ambiente.


 


- Corvos ... – fala Therak. – Eu vi três vezes. Eles voam numa rota estranha, circundam nossa localização, e depois voltam.


- Parece paranóia para mim... resmunga Dex.


- Se perguntar a Noiro, ele concordará com Therak. – fala Thiago. – Ordene veritas a espanta-los e veja como reagem, Therak.


- Como foi que vocês trombaram, Thiago? – pergunta Dex.


- Noiro é capaz de encontrar qualquer criatura... em qualquer lugar de Meliny... Independente de reencarnações. – fala Thiago.


- Encontrar... qualquer um?!? – pergunta Dex curioso.


- É aquela pessoa que parece com Chan? – pergunta Armageddon. – Michelle, não?


- Eu... não confio em noiro. – fala Therak. – Seria melhor Senior Armageddon copiá-lo quando formos ajudar Dex...


- Quem dera... – ri o maccubus. – A Ivânova, quando me bloqueava, ao menos em “pegava” estática e ouvia ruídos de pensamentos. Esse cara não produz presença alguma... acho até que se eu passasse alguns dias sem olhar para ele, esqueceria de como ele se parece...


- Agá... – sussurra Thiago. – Uma coisa não deve esquecer... ele SEMPRE está atrás de você...


 O ninja era o primeiro a regressar. Ele olhava o grupo com um ar repreensivo.


- As moças estão chegando. – fala ele.


- Eh... estamos entre amigos, Noiro... – fala Thiago. – Pode fazer algum barulho quando se aproximar.


- Isso contradiz trezentos anos de disciplina, Allan-sama...


- Isso é outra coisa... – fala Thiago. – Não me chame de Allan-sama!


- tentarei lembrar disso... Alan-sama.


 Chan e Kaede retornam. Ela estava envergonhada. De certa forma, disfarçava sua timidês com a maquiagem, mas era uma jovem muito bela. Todos param em silêncio quando chegam.


- Bem natural, Me pettit. – fala Thiago. – É mais a sua cara que aquela rouparada toda...


- A propósito: Enxugue a baba... – brinca chan.


- Arigatou vocês todos... – fala ela. – Todos estão se expondo tanto... e acho que além do que é necessário. No mundo que eu vivia, todos ocultavam seus rostos ou sob maquiagens e máscaras ou sob falsas aparências... Mas vocês... Todos são tão aceptiveis comigo...


 Ela olha ao redor e para em Noiro.


- Todos menos ele... – fala ela. – Não removeu a máscara nem um segundo...


- Boa sorte. – ri Thiago. – Alan viu o rosto dele umas três vezes em toda a vida...


 Noiro encara a jovem e ouve os deboches de Thiago... e então...




- Eu podia jurar que ele teria três olhos ou coisa do gênero... - sussurra Del.

- Essa cicatriz... - fala thiago. - Não recordo de...

- Foi quando caí da teia. - fala Noiro. - Sempre eu me recuperava dos ferimentos... mas aquela nova falha me marcou.

- Pois é... - fala o halfling. - Até o olho que eu acertei está... eh... aquele papo do "devendo um olho"...

- Funcionou para fazer você sair, não? - bufa o ninja.

 Noiro cobre seu rosto de novo e encara Kaede, que sorria.

- Domo Arigatou Noiro-sama. - fala ela. - Estou pronta para partir agora...

 






 O destino era Aikiobara. A melhor forma de ir, evitando grandes povoados, era cruzando o Deserto Escuro, um deserto arenozo no coração de Wen-ha. Mas ele era cortado de tempos em tempos por montanhas. Como era terreno mais sólido, era preferível ao deserto durante a noite.


 Estavam próximos do horário de acampar quando seu caminho é atravessado por um desfiladeiro.


- Acho que fugimos um pouco do roteiro... - fala Thiago. - Vamos ter de contornar...


- Esse desfiladeiro é deveras extreito. - fala Therak. - medidas como esta nos custariam dois dias.


- Então, que tal voarmos todos? - fala Thiago.


- Há uma ponte... - fala Dex. - Lá pro Leste...


- Uma ponte em um desfiladeiro longe das estradas e das cidades. - fala Noito. - Não tenho dúvidas que é uma armadilha.


 Therak extende seus sentidos, vencendo distância e escuridão.


- É uma ponte muito bem-feita. - fala therak. - Uma pessoa por vez andaria sobre ela... e é feita de madeira de Akagurumi Wenhajin... ou "Carvalho Vermelho".


Silêncio.


- E o que isso quer dizer? - pergunta Kaede.