sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Ato IV Tomo II - O Professor, a Dama Escarlate, e o 0ponente.


- Como é a questão da biblioteca aqui, Noiro? – pergunta Cymasi.


 


- Como é que eu vou saber? Não sou do tipo que me anuncia...


 


- Quis dizer... Onde tem uma biblioteca ou coisa assim lá na cidade!


 


- Na escola. Mas alerto que todos são membros da família Shorian. As principais funções administrativas na cidade são renegadas aos membros da família, inclusive as da escola.


 


- Então, aqui nos separamos... – fala Thiago, ao chegar na encruzilhada entre o caminho para a cidade de Shora e as caravanas que se aproximavam pelo sul. – Comigo, Del, Dex e Noiro.


 


- E quanto a Manabu, Thiago-sama?


 


Thiago encara Armageddon.


 


- Putz! Esqueci...


 


- Dex tem sua própria missão. – fala Noiro. – E realmente considerando nossa incursão, seria interessante evitar assassinatos para não nos comprometermos. E apesar de eu ter me mantido calado, a fraqueza dele será potencialmente danosa se quisermos ganhar lutas até chegarmos à final.


 


- E eu vou com a molhada atrás de informações. – resmunga Vilo. – Mas fico com seu bilhete, por via das dúvidas, Dex.


 


- Eu tenho algo melhor para convencer sua amiga, Dex...


 


Noiro estende a Pérola das Vidas Passadas a Dex.


 


- Não fará efeito em você... Mas fará a encarnação anterior de Pluma Negra ter mais força na decisão dela... Mas seja sábio e não veja isto como garantia de sucesso.


 


 Noiro olha com o canto do olho para Kaede, que se encolhe à visão daquele artefato, e das lembranças dolorosas de sua vida anterior. Chan a abraça gentilmente.


 


(Dex... Anuncie se você pega a esfera ou não).


 









Caravanas armavam acampamento nos arredores da cidade. Era o costume das cidades Wenhajins mais organizadas manter os mercados fora do centro urbano ou criar bairros específicos para o comércio.


 


- Carruagens escolares. – fala Chan. – Eu tive uma oportunidade que meu irmão não teve. Em Wen-ha, a educação inicial é obrigação dos pais, mas alguns membros mais abastados da sociedade encaminham seus filhos com potencial para seu reino a estas instituições. São ensinados pelos maiores mestres. Poucos rejeitam um aprendiz que teve formação numa dessas escolas.


 


Chan para diante de uma carruagem vermelha larga, bastante para oito pessoas mais um cocheiro. Chan acaricia o brasão na lateral dela, que lembrava uma carta de baralho com uma letra que parecia ser Wenhajin, mas não se conseguia uma tradução para ela, mesmo com a bênção de Midori Tatsusama.


 


- O professor desta escola deve estar em algum lugar por aqui... Com alunos... – fala a Pena-de-bronze. Com alguma sorte, seja algum dos professores de meu tempo... Com mais sorte ainda...


 


- Esta parece ser uma escola importante, Chan... – fala timidamente Kaede. – Minha irmã quem me ensinou quase tudo o que eu sei me falou que um dia eu deveria ir para uma dessas escolas... Mas minha idade passou. E eu...


 


- [Jovenzinha!] – fala o Cocheiro, que reparava o grupo analisando a carruagem. – [Isso é propriedade!]


 


- [Perdoe-me, senhor.] – adianta-se Chan. – [Procuro alguém da Escola. Poderia me dizer se Mioro-sama veio?]


 


 O cocheiro dá um longo gole num copinho de madeira quadrado.


 


- [Sim, ele veio. Três dias de viagem com ele, dois professores... e cinco demônios do inferno! Procurem nas casas de banhos... mas não devem demorar. As lutas começam em poucas horas].


 








 


- [Perdoe-me senhor...] – fala Cymasi. – [Onde fica a biblioteca?]


 


A mulher olha de cima a baixo Cymasi. Era o pátio da Escola, e pelas vestes, tratava-se de uma professora ou inspetora de corredores. Ela usava um óculos redondo no nariz, e ajeita-o para encarar a meio-elemental.


 


- A biblioteca é para alunos apenas. – responde ela em Melinês com sotaque forte.


 


- [Eu só queria ...]


 


- Não temos exemplares gaijin, madame... Pode falar seu idioma, pois arranha o nosso com ... Você sabe...


 


- Ta falando do que, ein? Pois saiba que você fala o meu idioma como um deficiente mental com a cabeça enfiada no... EI!


 


 Cymasi é arrastada para longe da senhora. Aos olhos da intrusiva Wenhajin, parecia uma força invisível arrastando-a.


 


- Caraça, Cymasi! – resmunga Vilo. – Vai ser difícil trabalhar com você fazendo fuzuê! Eu devia ter ido primeiro na banca de apostas... Que tal fazermos do meu estilo? Diga aí... Qual o livro que você quer?


 


- Algo da Guerra Elemental... Ou de magias... Ou...


 


- Quer saber? É melhor acharmos primeiro a biblioteca... Depois a gente vê...


 


- Querem ir à biblioteca, meus jovens?


 


Vilo afasta-se. Sabia que Cymasi chamaria atenção... E agora só pioraria. A mulher que os interceptaram não era Wenhajin, usava vestes rubras finas e cabelos levemente arroxeados. Ela balançava um enorme rubi no colar que ostentava sob o pescoço – Vilo identifica como uma pedra mágica. Ela começava a apresentar as rugas da idade, mas seus olhos indicavam a sabedoria dos anciões. Ela vira na direção onde Vilo estava escondido e sorri como se pudesse vê-lo.


 


- Vamos... Eu tenho assuntos na biblioteca também. – fala ela com um riso cínico. – A bruxa wenhajin será mais afável agora... E nos indicará o caminho.


 


 Logo atrás da senhora, a professora, com um ar ausente como um zumbi, começa a caminhar pelo corredor.


 








 


O quarteto encapuzado alcança o portão da cidadela. Managabú à frente com frente erguida, e os outros três atrás dele. À medida que atravessavam a cidade, recebiam saudações cordiais de todos.


 


 Um grupo havia acabado de chegar. Eles rumam a um prédio cinzento que de relance parecia uma versão menor do coliseu imperial de Goldralf. Havia um palácio pagode anexo, onde muitos guardas controlavam a entrada de todos. Várias carruagens luxuosas deixavam aquele prédio a todo o instante.


 


- Aqueles que entraram eram os Pandas das Sombras. – fala Armageddon, acessando as memórias de Manabu. – Eles são fortes no corpo-a-corpo.


 


- Manabu deve ter lutado outros torneios antes... – sussurra Noiro. – Ele conhece os lutadores?


 


- Os feiticeiros da Elite Shorian costumam a surpreender sempre que possível. Os Tigres jamais tiveram posição de destaque nestes torneios... Parte por sua honra, parte pela torcida em contrário. É uma família mista e com muitos forasteiros que ingressaram por via política.


 


- Os cabeças de chave sempre foram os Grows e os escolhidos da família principal.


 


- Este ano é diferente, Noiro. Hyata declarou que os Senins deveriam formar uma família própria, os Escorpiões. Tanto que convenceram os Koalas a deixar a posição e ingressarem aos Cães de Caça. Todos eles são viajantes sábios e senhores de segredos valiosos. Sua fraqueza talvez seja exatamente a desunião. Esta batalha é primordialmente de famílias.


 


Um grupo mais exótico passava no sentido contrário dos heróis. Eles mantêm o silêncio para questão de disfarce. Não pareciam ameaçadores, exceto um com túnicas azuis e guelras. Era difícil dizer se era um elfo-do-mar ou mais um dos vários Youkais socializados do reino... Thiago então lembra que haviam muitos serviçais Gaijins trabalhando na cidade. Mas até então não era um fato alarmante, já que no reino, os Gaijins residentes costumavam a ser de classes sociais inferiores.


 


- Cocô de cavalo, moca. – fala o de túnica azul, pouco antes de cruzar com Del. Realmente, D’artagnhan não era tão educado quanto Thiago imaginava, e por pouco ele não pisa na obra.


 


 Del acena com a cabeça agradecendo, e seguem mais alguns metros em silêncio. Noiro é o primeiro a falar.


 


- Nosso disfarce está ameaçado... – fala ele.


 


- Hein?


 


- Del deu a entender que entendeu o aviso daquele youkai... Não olhem para traz.


 


Thiago fingia ajeitar sua espada. Vê que o Youkai se destacou do grupo, observou alguns instantes e entrou num beco.


 


- Que droga... – resmunga Thiago. – O que faremos, Noiro?


 


 Quando Thiago encara o ninja de novo, ele não estava mais lá.


 


- Noiro vai matar aquele homem... – adianta Manabu. – Não podemos permitir!


 


- “Não podemos”?  - corrige Del.


 


- Bem, não POSSO! – fala Armageddon, fazendo o pégaso dar a volta.


 


- Agá ta certo, Del. – fala Thiago seguindo-o. – Não podemos.


 








 


- Qual seu livro, moça? – fala Vilo, ainda desconfiado, com a Besta armada para atacar.


 


- Eu disse que tinha interesse na biblioteca... Não que tinha interesse em livros. – fala ela. – Meu interesse... São vocês...


 


 Cymasi olhava as capas quando ouve a mulher falando. Ela para e encara-a.


 


- Qual seu interesse?


 


- Temos um amigo em comum... – fala ela. – Win-hen... Eu soube do triste destino dele...


 


- Os assassinos foram vingados. Win-hen descansa agora.


 


- Eu sei... Eu encontrei com ele depois. Ele está satisfeito por uma última boa luta.


 


- Você é tipo anjo ou coisa assim, dona? – pergunta Vilo.


 


- Não é preciso ser um extraplanar para viajar entre os planos, meu garoto. Você como aliado de Asura deveria saber disso.


 


- Dona, vemos que você sabe sobre nós, mas não sabemos absolutamente nada sobre você. Que tal empatar um pouco a situação?


 


A mulher senta numa mesa e encara Cymasi com interesse.


 


- Eu estou na cidade espionando um concorrente meu. – fala ela. – Evitarei nomes ou coisa do gênero... Mas qualquer outra informação sobre a Guerra Elemental você pode perguntar.


 








 


- CHANZININ!!!


 


 Uma garotinha de robes brancos destaca-se de um grupo de cinco e pega nas mãos de Chan saltitante de alegria. Os demais analisavam os heróis com um riso sarcástico.


 


- Makiro! Como você cresceu! – fala Chan com igual alegria. – Quase esqueci que este deve ser seu último ano, não?


 


- [É a irmãzinha]? – pergunta um dos outros alunos. Ele usava robes verdes e, apesar do Wenhajin impecavelmente falado, tinha traços de um não-wenhajin. – [Ainda devo umas pauladas no seu irmão. Ele não está com medo de vir de novo, está?]


 


- [Asuka não está mais dentre nos, garoto.] – Fala Chan, com um ar mais severo. – [Não haverá “revanche”]


 


- [Sinto muitíssimo, Chanzinin...] – fala a jovem horrorizada. – [Peça desculpas, Gaijin!!!]


 


- [Não me chame de Gaijin na frente dos Gaijins!]- Retruca rudemente o garoto de verde - [Senão vão pensar que eu sou Gaijin também!]


 


- Né por nada não mas você é tão wenhajin quanto Thiago LaFontaine, moleque!


 


- [O que foi que esse youkai disse? Eu entendi “mu-lek”? Quer levar um sopapo ô Felpudo?]


 


- O jovem desconhece nosso idioma? – pergunta Therak. – Isso é inusitado...


 


- [John-sama deveria saber melhor o idioma gaijin!]- Repreende Chan. - [é seu último ano também! Eu pensei que tem aulas desde o primeiro!]


 


- [Aulas chatas daquela velha chata? Tenho mais o que fazer com...]


 


O garoto não termina a frase devido a um providencial cajado acertando-o na cabeça e derrubando-o no chão. Makiro esconde-o logo depois.


 


- Dex não estava no começo da cruzada... – fala Therak. – Mas lembra um certo Trevilense e uma certa pena-de-bronze no primeiro ano.


 


- Meus velhos olhos não enganam este velho! Eu sabia! Era a pequena Daiki.


 


O quinteto (fora o gaijin verde, que preferiu massagear o cucuruto) curva-se discretamente. Chan repete o gesto. O homenzinho era pouco maior que Vilo, usava vestes azuis e longos bigodes bem-aparados, mas escondendo sua boca. Uma carta similar ao que avistaram na carruagem estava pregada a sua testa.


 


- Daí Mioro-sama senhores. – fala Chan. – Fundador da Takiro Kairi, Mestre de cinco Choujins e do Imperador.


 


- Esses são os Cruzados que nós ouvimos os bardos viajantes cantar? – fala ele respeitoso. – Que aniquilaram as trevas de Div no mundo? A honra é toda minha. Venham! Vou pagar uma refeição! Vocês devem ter vindo de muito longe...


 


- [Estaremos na arena, Sensei]. – fala outro dos garotos, com roupas vermelhas. Este a primeira vista não passaria por um garoto de 14 anos, com 1:80 e constituição física comparável a Lorde Fausto.


 


- John-bruce... Creio que você deveria ouvir também... – fala o velho.


 


- [ELE?!?] – exclama Mariko. – [Mas Sensei! Ele não... digo, ele só iria...]


 


- Pode vir também se quiser, mocinha. E pediria que vocês trouxessem essa jovenzinha com vocês. Seu nome, princesa?


 


- [K... Kaede, senhor.]


 


- Um belo nome. Muito apropriado. Seus pais estavam inspirados quando escolheram esse nome.


 


- Quem escolheu foi minha irmã verdadeira... poucos dias depois de minha mãe falecer.


 


- Kaede? Você conhece sua irmã?


 


- É... Meio constrangedor. Eu lembro bem... de quando eu tinha poucos ...


 


 Kaede parecia não querer falar.


 


- O que foi?


 


- Lembro de minha irmã de quando tinha poucos dias de vida. Sei que parece estranho... Eu nem sabia falar... Mas...


 


- A Memória daqueles destinados à grandeza transcende o tempo. – fala o ancião. – Alguns lembram a infância... O Útero da mãe... E até de suas vidas passadas.


 


 Kaede entristece com essas palavras. Mioro parecia perceber.


 


- Siga-me... por favor.


 


 Todos passam seguindo os dois alunos. Mioro espera cada um deles passar, e detêm discretamente Therak.


 


- Não haveria a chance de encontrarmos um senhor chamado Noiro, ou teria?


 








 


Os becos faziam um verdadeiro labirinto com ruas irregulares – outra tradição Wenhajin para combater invasores sem dar-lhes caminhos diretos para pontos vitais de uma cidade invadida. Armageddon ergue-se com o pégasus aos ares até encontrar Noiro, parado antes de uma esquina. Ele não parecia se esconder.


 


Thiago e Del vinham em D’artagnhan e alcançam o maccubus quando ele pousa no começo daquele beco que estreitava até um gargalo onde passavam apenas duas pessoas. Os cavalos são deixados para trás e seguiam a pé.


 


- Noiro... onde está o Youkai?


 


- Ele me atraiu para cá. – fala Noiro. – Ele tem poderes comparáveis aos de Cymasi, e esgueirava-se. Fingi não ser capaz de segui-lo diretamente para constatar que era uma armadilha.


 


- E é?


 


- Difícil dizer. Ele não conhecia os becos, o que descarta uma emboscada planejada. Mas esse cara é esperto... Esperto demais. Quando eu o ouvi conversando com alguém no beco, sabia que era esperado. Preferi deixar-me ser visto por Armageddon.


 


- Hmm... Se ele quisesse nos desmascarar só precisaria ir para uma região movimentada... se nos trouxe a este pedaço deserto...


 


 Thiago saca seu florete.


 


-Precisamente... – fala Noiro. – Eles querem lutar.


 


- Eh... “Eles”? – retruca Del.


 


- Estão chegando... – fala Thiago. – São em três...


 


Thiago tira o capuz e aguarda... Mas vê algo que não esperava...


 








 


- Falar com o Shogun? – fala o ancião. – Claro que posso conseguir uma audiência. Mas o que vocês poderiam querer conversar com o Shogun?


 


 Chan encara Kaede, Therak e Dex.


 


- Eu não vou tomar a decisão por todos... Mas Mioro-sama é a criatura mais honrada de Wen-ha e posso confiar nosso segredo a Makiro... Mas o John...


 


 Todos encaram o garoto de verde.


 


- [O que tem eu?]


 


- [Ele vai ficar de boca fechada, Chanzinin...] – fala Makiro. – [Por bem ou por mal!]


 


- [Quero ver você tentar, Magrela! Eu te desafio!]


 


- [Acha que é difícil?]


 


- [VOCÊ acha que é fácil?].


 


- Thiago... Chan! Chega! – brinca Therak. – Perdão. Não resisti.


 


- John e seus amigos tiveram sua cota de casos estranhos e ameaças, Daiki-chan. – fala Mioro. – E para mim... Não há segredos. Eu sei quem é a jovem. Por isso mesmo eu pergunto se devem mesmo levar à presença do Imperador ... Mishato-sama Lee...


 


- [O QUÊÊÊÊÊ!?!?!?!?] – gritam em simultâneo John e Makiro. – [Nãopodeserkamiseikuroshi!vãomatarela!oquediabos...] (Off: Só até aí vocês entendiam o que os dois falavam).


 


- O Shogun merece saber. – fala Chan, curvando-se. – E queremos que o Imperador conceda seu perdão. Isso impediria o sacrifício.


 


- Não é tão simples. – fala o ancião. – A identidade dela é fácil de ser forjada, e poderia por em cheque todo o governo se aceitasse. Se ele não aceitar, pode condenar vocês todos por traição ao governo.


 


- O Shogun assumiu o trono sabendo que ele não seria eterno... Eu quero crer que o regente seja honrado.


 


- Eu vejo uma solução... – fala Mioro. – Kaede deve admitir que trama contra o governo.


 


- Isso não! – fala Chan.


 


- Sinto muito, Daiki-chan, mas admitindo que trama contra o governo, a pena é o Sepukku. Seria observada por todos os nobres e eximiria a culpa de seus cúmplices. E com o Sepukku, a profecia de Kioru tatsusama seria finalizada e a maldição da Kamiseikuroshi seria encerrada.


 


- Mas Kaede ... morreria! – fala Chan. – Um condenado por traição não pode ser perdoado nem pelo imperador. Estaríamos desistindo de Kaede!


 


- [Eu não vou permitir!]


 


 John-bruce se levanta, e se posta na frente de Kaede, encarando o grupo.


 


- [Meu gaijin não é tão ruim quanto você pensa, Chan! Para matar essa moca, vão ter de passar por cima de mim primeiro! Não importa se ela seja Mishato-Lee ou Oroshu-oni! Já bati num dos seus antes, posso bater em todo mundo aqui!]


 


- ê molequinho abusado! – fala Dex. – Eu deveria...


 


 Outro som de Popaco No Kukurutu. John vai à lona de novo... Mas desta vez, o bastão era empunhado por Kaede.


 


- [O meu destino escolho eu!] – fala ela com convicção. – [Makiro-chan... use mais o cotovelo.]


 


- [Eh... bem...] – fala a estudante constrangida. – [Ah, Chanzinin! É verdade que você ta namorando o gaijin de Treville?]


 


 Agora Chan ruboriza.


 


- [Ah... aquele? Conhecemos ele ontem.]


 


- [Não deve ser o mesmo.]


 


- [Ele luta com espada fininha?] – insiste John. – [Ta envolvido numa tal Guerra Elemental?]


 


 Todos gelam.


 


- Será que Thiago veio aqui ontem quando dormíamos no templo? – sussurra Dex.


 


- Eu teria visto. – pontua secamente Therak.


 


- [O que você sabe dessa guerra Elemental, John?] – pergunta Chan.


 


- [Bem, que aparentemente estou dentro como ... “Cavalo” eu acho... e que vou escolher um peão.]


 


- Thiago não escolheria peças sem nos consultar. – fala Therak. – [O Trevilense, Sr. John... ele deu seu nome?]


 








 


(após as perguntas feitas por Cymasi)


 


- Ok, tia... – fala Vilo. – Ouvi besteira demais. Queremos saber seu nome e seu time!


 


Ela sorri de forma arrogante.


 


- Acho que já fiz o que queria aqui.


 


- Nome, coroa! – insiste Vilo.


 


- “Coroa”? – fala ela, com um toque de desprezo na voz. – Quer um nome, pequenino? Eu te darei um nome. É Yerminna....


 


- Eu conheço esse nome! – grita Cymasi. AIAIAIA! Ela disse que veio espiar um oponente... Então... É...