segunda-feira, 20 de março de 2006

ATo IV Tomo VIII - Soldados, Morteos e feras: A Sangrenta batalha do castelo.


- Tias de vestido às quatro horas...


 


Gororion volta-se ao grupo apontado por Del. Eram três que conversavam com soldados. Havia alguma agitação ... Curiosamente mais entre os soldados do que contra os intrusos. Hykaru conversava com o guarda palaciano sobre entrar armado no palácio.


 


- Therak está com eles... – fala Gororion. – Não deve...


 


Gororion repara em um corvo rodeando Therak, concentrado demais para perceber.


 


- Você havia falado de perseguições por corvos, não, Delminthis?


 


O elfo percebe o estranho pássaro, e resolve olhar em volta. Seus sentidos élficos vêem um amontoado de corvos no telhado de uma casa... depois de outra.


 


- Fudeu... estamos cercados...


 


- THERAK! – grita Gororion.


 


O Construto só percebe quando mais uma revolução é procedida pela ave. Therak estava preso em um anel de força invisível. E o corvo lentamente transmutava em um homem de mantos negros e feições duras. O Corvo Tokyash.


 


Gororion faz um gesto. Pretendia usar sua magia... mas um dos encapuzados percebe. O Arcano era desprovido dos pecados da humanidade fora a Gula... mas o elfo não.


 


Del não entende o porquê, mas ele arma seu arco e aponta para Gororion. O mago estava momentaneamente rendido.



 


 


Dex tenta reconhecer algum cheiro impregnado no local, mas não tem muito tempo para se ater a isso.. O Cheiro de sangue é mais forte. O guarda caiu com dois golpes – um duro e veloz de desarme, e um segundo de força letal. Parecia um soldado competente... o assassino deveria ser extraordinário. Assassino. Um único atacante.



 Rapidamente, ele percorre seu caminho até as masmorras, Teleportando-se entre os espaços. O Castelo era enorme e ele começava a cansar. Passa então ao truque de Shrits – Gravidade zero. Com suas garras, Ao entrar no local, ele salta e agarra-se ao teto e segue o caminho dependurado.


 


 Discreto... invisível, mas não inaudível.


 


Os sentidos de Dex alertam-no... atrás dele. O Felítrius só vê um borrão sombrio atacando. Deixa a gravidade fazer o efeito e evita o primeiro ataque.


 


 Dex saca a espada, e é desarmado com uma facilidade que o deixa embaraçado.


 


Suas garras ficam a centímetros do pescoço de seu agressor, e o sabre dele instantes antes de perfurar entre os olhos do Felítrius.


 


- DEX! Capitão! – grita Cymasi. – Não é guarda!


 


 Dex suspira aliviado. Hardman não investe... Mas não baixa a espada.


 


- Você não deu certo como marujo, senhor Dex... – fala o capitão. – Mas ao menos achei que havia ensinado companheirismo! Que companheiro deixa um aliado enjaulado e sofrendo abusos?


 


- ELA se entregou! – fala Dex. – E eu acho que não deveria fugir... Qualé, Capitão... baixa aí!


 


- Ainda temos que encontrar Kaede... – fala Cymasi.


 


- Está no andar de cima. Dezoito guardas.


 


- Putz!  -resmunga Dex. – E como você sabe?


 


- Eu sei contar. – fala Hardman apontando para a escada oposta aos três. Aproximadamente uma dúzia e meia de soldados com katanas se aproximavam.


 


- Saiam do corredor... eu posso inundá-lo!


 


- Eles sabem nadar e alguns saltam magias também. – fala hardman. - Inunde comigo... e depois feche os olhos, Cymasi.



 


 


O quarteto se aproxima da gaiola dos macacos das trevas. Alguém estava lá... dando ... uma espécie de milho branco para eles.


 


- E aí o capitão peitou Cicatriz e disse: "o manguaceiro é minha tripulação. Ele é bem-vindo onde eu sou"... Foi muito legal... E vocês não entendem nada, né, piolhentos?


 


- Eita manguaça bruta hein, Sr. Bô!... – Adianta Vilo. - Todo mundo tirou a noite pra uma visitinha noturna ao Zoo?


 


- Alias... como você entrou? – pergunta Spaniel.


 


- Pela porta! Deveriam tentar... o guarda é gente fina.


 


Os quatro se entreolham.


 


- E... o que vocês tão fazendo aqui?


 


- Pergunta pra bundinha peluda aqui... - diz Vilo apontando com o polegar pro Spaniel


 


- Eu vou tentar convencer os Youkais a nos ajudar... a domar as outras feras. Vamos libertá-las... pode ser um exército se o pior acontecer...


 


- Ce não pode ta falando sério, né Therak?


 


- Sr... Bô... não poderia falar mais sério... e meu nome é Spaniel!


 


- Eu ajudo, Mês ami... – fala Thiago. – Nem todos são “animais”.


 


O Trevilense e o Leão afastam-se.


 


- Eu não falo macacês... foi sorte o vigia lá fora falar minha língua! mas eu tava procurando vocês mesmo... Depois da bronca do capitão tava ocupado.


 


- Desembucha meu fi... Não podemos enrolar muito aqui.


 


Bô balança a cabeça.


 


- Parte da merda cês já ouviram... Um tal de Caspeeo contratou Selakus para liberta-lo da amarra de Atlan no mar interno da Doravânia ocidental... Mas a merda é mais profundo ainda.


 


- Gostei do trocadilho – Ri Vilo. - Mas continue.


 


- O Selakus era tido como um licantropo ou um mané que usa ilusões... Mas ele era pior que isso... Era um tal "espírito predador" incorporado num pulha... um tal chamado pelos marinheiros de “Predador das Profundezas” na forma de tubarão. Ele se faz de peixe até ser pescado e morto, saltando como um parasita ao seu assassino. Mescla-se à alma de seu pescador, faz barbáries e depois volta para o mar. Desta vez, o pescador era o prefeito de Foz, que se tornou o Capitão Selakus.


 


Vilo faz umas caras engraçadas enquanto ouve.


 


- Caspeeo é patrocinador de longa data do calhorda... E como o burgomeste Sydnei Kash era mesmo um pulha antes de pegar o Predador, aceitou. Ele e o Cap. trocavam farpas há décadas. O Predador fazia as habilidades do Selakos igualarem às do capitão... E ainda concedia magia... conjurar tubarões terrestres de barbatana verde, e o escambau. Pois bem, entre meras pilhagens normais, Selakos começou o ritual para libertar Caspeeo, e Hardman era o mais indicado para parar esse pulha... Como sempre.


 


“Mas desta vez eles tinham um deus menor apoiando. Era brutalidade demais. Selakus sempre foi nego safado, mas passou dos limites. Chacinou aldeias... matou uma jovem que estava aos cuidados da gente. O próprio capitão passou mals bocados acorrentado num navio afundado. E íamos cegos atrás dele... até Madrid aparecer.


 


Madrid fez o pacto. Forneceu armas e auxílio. Informações. Nos deu a profecia do Predador oceânico... e Hardman foi atrás do palhaço, agora pronto. Como sempre, precisou passar por cima dos capangas. Vortex foi o mais persistente... Era no final das contas um elfo perturbado das idéias...”


 


- Mas o que Madrid não falou é que, quem mata op Predador Profundo... Se torna... o predador profundo.


 


- Por isso o Hardman tá estranho desse jeito? – perguntou Vilo.


 


- Ele não precisa usar o predador como Selakus porque é casca-grossa... mas quando a situação fica grossa... – fala o marujo, dando um longo gole em sua moringa e continuando. - Mas o pior é que de uns tempos para cá, mesmo normal ele tá mais nervoso do que de costume. O Predador responde a Madrid agora. A guria que ele adotou é uma espécie de “redenção” pela filhinha de um conde que Selakus matou em nosso poder. Ele se culpa, e não se perdoa. E como vocês fracassaram em manter Cymasi viva e longe da Madrid, ele vai ficar encarnando em vocês um bom tempo ainda... e... porque o NANICO está tentando pegar esse "dado dourado", seu Spaniel?


 


- Errrr.... Que dado dourado? - diz Vilo com um sorriso besta no rosto, e o cubo de Asura na mão.



 


 


- [Estudei seus talentos à exaustão antes de perde-lo de vista, Youkai gaijin!] – fala o corvo.


 


— [Admiro quem não teme experimentar coisas novas. Faz tempo que fugiu da escola?]


 


- [Faz sim... Assassino de aves. Agradeço ao Poderoso Escorpião por permitir que eu trate pessoalmente de você... E não se preocupe com seus amigos. Se for para o outro mundo, encontrará eles...]


 


— [Faz bem em usar o condicional "Se"... principalmente em face de sua insegurança. Claro, se você se render agora, posso ser misericordioso.]


 


- [Ou então o que? Mataria um "humano"?] - gargalha ele. - [Não acabei de dizer que estudei à exaustão? Conversei com a jovem gaijin faladora... Vi você lutando contra os meio-youkais... e até tive acesso ás histórias da gaijin Kahali!]


 


— [Wenhajins orgulham-se de serem descendentes de meio-dragões ancestrais... e, bem, "matar" é uma opção extrema demais. ] – fala Therak. Outra vez a fama era-lhe desfavorável. — [Mas se não ignora que o shogunato está prestes a mudar, deveria saber escolher melhor seu lado. Não há meio de o Escorpião ser bem sucedido... e quem estiver com ele, partilhará seu amargo destino.]


 


 Therak Lança Poder Oculto em Armadura e complementa:


 


— [Faça seu pior, Corvo. Depois... é minha vez!]



 


 


- Tá, tá... To precisando fazer umas paradas. – Fala Vilo, confrontado. - É rapidinho... - diz Vilo se afastando com o cubo em mãos. - Vão libertando os bichos...


 


- Ei! Cês vçao soutar as frangas mesmo?!? Cês beberam o que? Deve ter sido parada de qualidade para queimar tanto o juízo...


 


- Melhor, finge que nem viram isso e continuem ouvindo ele aê.


 


- É que qualquer um da burocracia derruba a galera toda com uma palavrinha... algo como "Senta"... Eh... Ás vezes acho que o Wenhajin é nosso idioma falado rapidinho e de traz para frente...


 


- Bom... Pelo menos já cria uma baguncinha boa... - diz Vilo afastado e invisivel.


 


- Só... não deixa o capitão saber que eu contei que... ah, ele já tá fulo comigo! Eu vou arrumar uma "sakkê" ou sei-la-o nome da birita aqui.


 


Bô começa a ir embora.


 


- Valeu, ae Bô. Volte sempre.


 


Spaniel e Thiago falavam com um Youkai alto e com ar de poucos amigos. Tentava ao menos.


 


- H, faz o que veio fazer, liberta os macacos.... Eu vou deixar as outras fechaduras no ponto. E quanto ao cubo... Juro que devolvo e explico tudo.


 


- [Ele precisa do cubo para nos libertar!]


 


Todos voltam-se à cela dos macacos das trevas. Originalmente eram três os conjurados por Armageddom, mas agora, havia um quarto. Era pequeno, e se passava por filhote dos outros três.


 


- [Sério? Então tá, se for pra isso...] – fala Thiagá.


 


 - Pêra lá, agá...  – fala Vilo nervoso.


 


- [Devo uma aos macacos. Faz teu trampo então, confio em você pra cumprir a minha promessa...]


 


- [Amarre a linha da gente no cubo]. – interrompe o pequeno macaquinho, com autoridade e de forma intrusiva. Sua voz era desproporcional à idade aparente... falava pausada e despregadamente.


 


- [Eu posso libertar por ele?] – pergunta Vilo.


 


- [Não devemos nada a você!]


 


- Tá bom H... Liberta eles, e me empresta o cubo, rapidão.


 


- [Se quer cumprir sua promessa e nos libertar para zoarr de novo, me obedeça.]


 


- [Que mané me obedeça o Zé Orelha. E até onde eu lembro, eram três os micos.] – observa Armageddom. -[De que buraco você saiu?]


 


- [Ou seja, chupou um grande otariozão]... – remenda Vilo.


 


- [Eu sou o porta-voz dos outros...]


 


- [E onde estava quando eu precisei? Só três atenderam ao chamado]


 


- [Eu não tinha interesse em sua cruzada.... até agora. ]


 


- Qual interesse?


 


- [O cubo é hexaelemental. Ele pode tocar as linhas. Contorne as linhas dos macacos que você pretende libertar até formar um novelo ao redor dele.]- fala ele, e encara longamente a chave de sua liberdade.  - [Se você for bom e tolo vai me libertar com meus ... parentes]


 


- [E se eu for só tolo?]


 


- [Aí não fará a segunda etapa da nossa libertação.]


 


- Impressão minha ou esse macaco sabe demais? – sussurra vilo desconfiado.


 


- Só porque sou menor não quer dizer que eu seja mais novo que os três


 


- Ele sabe sim, mas o Thiago não é lá muito esperto e eu estou na onda. Mesmo assim, eu prometi soltar três deles, e vou soltar só três. Qual a segunda instrução?


 


O macaquinho olha para Vilo.


 


- Após amarrar o cubo... - fala ele em Meliinês. - Deve Destruir o cubo. 


 


- QUE? – fala Armageddom.


 


- Tu tá doidão? – Vilo, claro.


 


- Não tem outra forma de eu cumprir a minha promessa?


 


- Como uma bomba, se sacrifica para destruir coisas ao seu redor o núcleo hexaelemental romperá o nosso feitiço. Nada mais..


 


- Tu não vai fazer isso, vai?!


 


- Eu ganhei esse negócio de um deus sabia? Provavelmente vou levar um raio na cara por ser bonzinho demais... – resmunga com pesar Armageddom. - Eu prometi nanico... e não vejo outra saída...



 


 


- Krow no Itsuk! [Revoada dos Mil Corvos!]


 


Os corvos de todo o lugar surgiam no ceu noturno camuflados. Começa o barulho infernal deles surgindo. Hikaru desperta de sua postura e encara o céu enquanto Therak fica no coração da bolha... Pensando... "eles vão entrar aqui ou não?"


 


Tokash Transforma-se em corvo de novo. A bolha parecia fraquejar... Mas agora Therak estava cercado por todos os lados.


 


Ok... tinha mesmo uma manobra que eu estava querendo tentar...


 


- O Céu cai sobre nossos aliados! Del!


 


- Hãã? – fala o elfo, como se desperto de um sonho.


 


Nos segundos antes do ataque, Therak mapeia qual era o verdadeiro Tokyash no inferno negro. Therak então é atacado. Veritas também. Seus bicos afiados rompem mesmo a pele arcana de Therak...


 


Aquele segundo de hesitação faz Therak demorar em acionar seu escudo... Corvos caem fulminados por ele, mas não deixam de atacar por isso.


 


Gororion não podia lançar sua Explosão porque atingiria soldados em solo. Não dava para controlar seu alcance. Ele e Del então usam ataques simples e veloses para abrir caminho para Therak fugir. Mas era difícil.


 


Hykaru saka Akira-tana, e concentra o poder.


 


- Aves malignas... caiam! CAIAM EM NOME DE ASURA! [IKAZUKI-KAWA!]


 


Uma energia branca é projetada aos céus. Por alguns instantes era dia de novo. Tokyash é pego num turbilhão de poder e resiste,... os corvos... todos os mil corvos, não.


 


Therak e veritas estavam a salvo.


 


— [Sua "família" morreu, Tokiash... providencialmente, você já está "de luto"! Há!... Há!... Há!]


 


Hikaru é encarado com pasmor por todos os soldados no muro e no pátio Tokyash mergulha apressado e pousa no ombro do homem de mantos, que se livrava deles e encarava Asuka com interesse.


 


- [Os gaijins agridem minha família agora?]


 


dois outros se aproximam do Escorpião, não mais oculto pelos mantos. Era um homem de boa constituição, coberto por uma armadura rubra  com um cabuto que lembrava um escorpião vermelho. As costas pareciam uma cauda de escorpião em alto relevo, e a armadura era impecável.


 


Os soldados só observam por hora. Alguns romam na direção do castelo, enquanto outros vão para trás do pretenso Daymao dos Shorians.


 


— [Os Cruzados da Luz defendem os seus. Therak sofreu a primeira agressão.] – fala Hykaru.


 


- [Eu disse... que você... AGREDIU... Minha família!] - fala Hyatah. - [Qualquer um que apanhe de um senin está merecendo!]


 


Palavras duras. Alguns dos favoráveis aos defensores do castelo se intimidam.


 


— [Qualquer senin que conspurque seu poder e sua posição para abusar dos privilégios a ele confiados MERECE ser detido, e mais! MERECE que a mão do Bem, que o peso da Justiça, recaia sobre ele.]


 


Há uma comoção. Soldados se encaram. Alguns já sacam suas Katanas e preparam feitiços. o Escorpião gargalha contidamente.


 


- [Aqueles que quiserem se interpor entre mim e o forasteiro... ousem postar-se do lado dele!]


 


Quase a totalidade dos brancos rosnam para Kykaru. Alguns balançam a cabeça negativamente. Os vermelhos se dividem igualmente... todos os amarelos ficam entre o Escorpião e a porta. A vantagem numérica é de Hikaro... mas não muita.


 


- [Então... vai vir contra meu poder, servo da luz?] - fala o Escorpião.


 


— [Meu poder serve às forças do Bem. Levante-se contra elas, Escorpião, e sim, me oporei a você. Por cada camponês, por cada trabalhador, por cada soldado, samurai, shogun, ninja e gaijin que o Mal ameaçar, lutarei!]


 


- [Deixe-me colocar de outra forma...]


 


O escorpião faz um gesto no ar.


 


Urros de dor. Os guardas nas muralhas urram e tombam. dezenas de Escorpiões brotam de suas roupas. Del mesmo olha para traz e se vê no caminho de um rio de aracnídeos negros de carapaça brilhosa. Aos pés de Hyatah, um escorpião com o tamanho e porte de um elefante se materializa. Nove metros só de cauda.


 


- [Você anseia... Morrer... me desafiando?]



 


 


- e a mim, senhor? Vai me libertar?


 


O maccubus olha pro macaco chato e pro cubo... pro macaco e pro cubo...


 


- Faça o que quiser então... O cubo é seu. - diz Vilo contrariado... mas depois rindo de seu trocadilho.


 


- Promessa é divida... e Você me ensinou a libertar os seus irmãos...  to devendo uma também. Já que é pra fazer, que seja em grande estilo.


 


Com um nó na garganta, Armageddom procede como o indicado. Amarra o cubo em linhas invisíveis. O cubo flutuava amarrado por arestas invisíveis a Vilo... Ele saca a espada da família e aponta.


 


- C...Coração Retalhador!


 


Fagulhas irrompe... O cubo começa a rachar... A tensão é tremenda e um brilho temporariamente ilumina todo o zoológico sombrio. E explode. Os fios são consumidos por uma esfera hexaelemental no meio dele... Os macacos são livres.


 


O pequeno faz um gesto e os três somem.


 


- Pelo visto, o senhor Armageddom esqueceu que era um Item-cruzado, não?


 


- Era mesmo... e põe ERA nisso, virou farelo!


 


- Ele era, como os itens irmãos, destinados a serem destruídos. Cada Cruzado de Asura representa uma fração da grandiosidade de minha princesinha.


 


- Tá falando como o Therak, Spaniel... e os outros? Mas... bem, eles são os cruzados, eu estava mais nessa como o oitavo estepe - diz o maccubus um tanto envergonhado.


 


- Mesmo? Acha que eu seria um ... impostor?


 


A fagulha hexaelemental voa para dentro do coração de Armageddom... que começa a brilhar. O macaquinho começa a crescer... Uma longa trança de cabelos surge no topo de sua cabeça


 


- Dee- JIHN!


 


- Eita pôxa! – urra Vilo.


 


- Eu concedi o oitavo item, e também sou um ser da luz! Armageddom, Cruzado eleito, Você é o último dos aspectos. Um forasteiro em nosso mundo... Alguém que veio de longe em busca da esperança... Não é mais homem, anjo ou demônio, você é o CRUZADO EXTRAPLANAR!


 


- Eu... sou? Você disse que EU sou alguma coisa só eu mesmo, sem ser cópia de nada?


 


- E por ter libertado o macaquinho... Eu lhe darei seu exército selvagem para uma única batalha. - fala o deus do gênio. - Seja sábio, Armageddom... E ... Até amanhã


 


- Ahhhh Tá bruto agora ! – comemora Vilo. – O que cê pode fazer agora?


 


Armageddom começa a crescer. Só cessa quando seu corpo possuía o volume próximo ao de uma pequena casa. Longas asas cordáceas e escamas pulsando energia. Uma coroa de chifres e um aspecto aterrador. Vilo lembra bem aquela visão... e sem dúvida, Spaniel e thiago, alheios aos eventos, tomam o susto de suas vidas.


 


- VOCÊ!!! – urra Thiago.


 


- Não é só na aparência... – fala Armageddom. – Eu sou tão forte quanto ele. Minha mera cópia não iria tão longe! Sinto fúria, anseios e medos... os deles mesclados com os meus... Há algo mais aqui além de minha consciência simulando outros! Eu sou capaz de abrir as barreiras e resgatar aqueles que eu escolher! Sou o CRUZADO EXTRAPLANAR!


 


Os animais começam a se agitar... Spaniel estranha... não poderia ser só a aparição.


 


- Eu... estou falando?!? - resmunga uma besta similar a um rinoceronte. - O que diabos aconteceu? Cadê os macacos?


 


 


- Errrr.... H? Você controla essa cambada toda? – resmunga Vilo.


 


- Ou você, Irmãozinho... – fala Thiago a Spaniel.


 


 


- [ué barulheira é essa? Gaijin bêbado? É Você?]- grita o sentinela. - [Shiikktha!, animais! Shiikkthal!]


 


Os animais esperavam algo acontecer... Mas não ocorre nada.


 


- Não somos mais escravos! Vamos à forra! morte aos Shorians!


 


Grades são destroçadas. Segurança alguma impedia que as feras adquirissem sua liberdade.


 


- Eles são meu exército, nanico - diz o maccubus assumindo sua verdadeira aparência (desenho H ta devendo) e virando pra galera grita - Preparem-se que quando chegar a hora nós vamos ZZZZZZZZZZOOOOOARRR!


 


Nesse momento, um trovão rasga o teto... O céu estava rubro chovendo chamas e relâmpagos.  O foco era o castelo. A ventania é congelante. Uma chuva cálica começa.


 


- Começou cambada... – fala Vilo.


 


- Eu... Acho que preferia permanecer escravo... - fala o Youkai do gelo que há pouco havia enfrentado o maccubus como Tigre.


 


- Pense pelo lado bom, como escravo dos Shorians, você iria ter que ME enfrentar, contra todo o resto aqui. – fala o Maccubus.


 


- Malditos sejam... Nossa ordem é uma única batalha... Que seja a pior delas!


 


- Vamos lá Vilo. Pela Luz. A VITÓRIA!


 


Vilo não está mais lá. Alguém fala que um Youkai sumiu também.


- T.T Falei sozinho ahuahua


 


- Vamos lá, soldados! Pela Luz. A VITÓRIA!



 


 


Hykaru e o Escorpião preparam seus primeiros ataques. Therak, Del e Gororion limitam-se a observar.


 


Instantes antes de Hykaru atacar a venenosa praga de escorpiõesataque, Hyatar ergue as mãos aos céus e urra em Melinês: "Tempestade de Nod!"



 


- Temp... Não! – urra Therak.


 


O céu fica rubro. trovões são disparados. A temperatuda aumenta no pátio. Os relâmpagos atinge o amontoado, matando instantaneamente todos os que estavam no caminho de seus riscos brilhantes.


 


Therak lembra a voz de Akam... Lembra das histórias. Hyatah era ganancioso, mas desistiu da primeira chance que teve para se tornar o Daymao. Na batalha daquela tarde, os Senins atrazaram o que puderam. Ganhavam tempo para que a noite chegasse e Hyatah não temesse uma vulnerabilidade severa: O Sol. O Senin da morte usava feitiçaria vampírica, que só pode ser ensinado se seu mestre ... seu patrono... fosse ele mesmo um Vampiro.


 


O ataque de Hykaru é direcionado aos escorpiões. Todos ao seu alcance visual explodem. Hyatah estava sobre uma proteção , e os soldados não são atingidos. Nem o escorpião-gargântua aos pés do lorde Shorian.


 


- [Isso, servo da luz... é apenas o COMEÇO!]


 


O momento de desespero era tremendo. Therak roçava seus dentes. Mas o que era ruim caminhava para o desastre quando uma sombra gigante passa pelo campo de batalha. A visão do bruto alado, com o corpo de um dragão projetando um tronco humanóide e de energia pulsante surge, pousando num ponto meridional das muralhas, que mal suportam seu peso.


 


- DRAKENTAR! – urra Hykaru.


 


 O Monstro encara o samurai. Ele sabe quem era... sabia que teve sua vida ceifada por aquele guerreiro... Isso foi a perdição de sua segunda vida. As palavras eram difíceis...


 


- Pelo código... – fala Therak. – Um monstro de cada vês, Hykaru. Eu sugiro começarmos pelo Escorpião...


 


O Meio-dragão prismático estufa seu peito e sopra um cone de energia na direção do Escorpião. A barreira novamente impede o estrago. Mas a reação do belicoso e traiçoeiro Drakentar causa estranheza aos heróis.


 


- É O AGÁ, GALERA!


 


 Spaniel e thiago chegavam escalando a muralha, combatendo alguns escorpiões que estavam por lá.


 


- Armageddom evoluiu, Hykaru! – grita Thiago. – Palmas para o macc...


 


- Eu não sou cria de felgoz mais, thiago. – fala Drakenagá, interrompendo. – Sou apenas o oitavo instrumento de destruição do que segue o mal!


 


- Oitavo... e não o único!


 


O chão treme. Explosões de gelo e nevoa surgem na armada agressora e entre os escorpiões. As Bestas do Zôo marcham triunfantes fechando o cerco à formação dos Senins. Só não avançam mais porque a tempestade vampírica fustiga todos num raio de segurança imediato. Mesmo therak precisa erguer o escudo aos céus.


 


- [É verdade que os espíritos os acolhem... pois só assim uma defesa acidental surgiria. Mas ouso dizer que não é o bastante! Vocês serão esmagados com a criminosa que se faz de inocente. Eu sabia que meu primeiro ato como Daymao seria encerrar o maldito zôo! E seus moradores.]


 


- Hyatah sussurra para o escorpião e para os senins. – fala Therak a Hykaru. – Vá atrás de Kaede. Escorpião é MEU!


 


Hykaru obedece e parte para o palácio assim que o escorpião gargântua e os senins somem.


 


- [Onde vai o Portador da Luz?] – grita Hyatah. – [O único digno de me enfrentar! Retorne!]


 


Therak cerra os dentes e investe. Os soldados, as feras... todos repetem o gesto. Uma “rodinha” é armada entre Therak e Hyatah.