terça-feira, 25 de outubro de 2005

Ato II Final - O fim trágico da guerra.


Thiago declama tudo o que pode naquele amedrontado grupo, com os samurais ainda atacando. Chan mal ouvia o que falavam, pois era basicamente ela e dois aldeões com formação comprometida detendo o avanço dos samurais.


E então, Cymasi desaparece a seus olhos. Win-hen e Thiago avançam sobre os samurais...


- THIAGO! Não!!! - grita a pena de bronze. - Devemos recuar!!!


Mas já era tarde.


Chan faz um encantamento breve para manter a vida de um dos aldeões caídos. Mas o outro, não pode fazer nada. Lágrimas escorrem ...


- Thiago...


Chan só vê seus aliados afobados cercados por samurais. D'artagnhan avançava bravamente, mas nem mesmo aquele magnífico cavalo de batalha conseguiria vencer cem metros entre quase cem soldados inimigos. Win-hen não andou dez passos.


- Kioru! - grita Chan.


O Grifo salta bruscamente. A missão que era distração e bloqueio, agora, havia se tornado resgate. Olhando por cima do ombro, os três aldeões que optaram por ficar, recolhiam Nagata ainda desacordado... Com sorte, alcançariam a mansão...


... Com sorte, ao menos Thiago, Chan resgataria com vida.







Vilo vê tudo em grande velocidade... Só age de impulso.


Desorientado, ele agarra-se a algo de pano... Precisava salvar o elfo...


 E então, o som assombroso... três estocadas severas de flechas, atravessando a carne. Só naquele momento o Del percebe que era o alvo dos atiradores de elite, e que receberia os ataques...
 Vilo havia se teleportado... e empurrou um dos arqueiros de Nagata na direção das flechas.


- Oh... meu... - fala assombrado o elfo.


 Vilo morde o lábio em arrependimento. Os outros dois arqueiros tentam alcançá-lo, mas o corpo pesava demais para Vilo segurar sozinho. Ele cai no meio do exército.


 Qualquer pensamento em reagir era frustrado por novas flechas certeiras que se aproximavam. A posição de Del estava comprometida.







 Dex recebe um golpe doloroso pelas costas e urra. Ele precisava de tempo quebrando algumas pedras...


 Logo, dois soldados inimigos seguravam firmemente seus braços e forçava-no a se ajoelhar, enquanto um terceiro preparava-se para cortar sua cabeça fora...


 Mas a providência intercede, na forma de dois colossais punhos de rocha esverdeada. Os que detinham Dex são golpeados pelo colosso protetor da Esmeralda, e o Felítrius dá cabo do terceiro ele mesmo.


- Vilo! Agá! - grita Dex. - O COlosso vai proteger vocês!


- VILO NÃO...


 Dex não ouve Armageddon. Simplesmente salta no ar.


- Ele vai concluir a missão... - sussurra Armageddom vendo Dex rumar para os agrupamentos onde estava Okinawa...


 O General das tropas vermelhas percebe a aproximação... ergue sua Katana para combater...


... mas para a sua surpresa, ele pousa no cavalo de Pluma negra e tenta segurá-la.


Três flechas dolorosas perfuram suas costas... uma costela com certeza foi partida... e talvez um pulmão...


- WAMETE! - grita Pluma ainda em choque para os arqueiros que se aproximavam pelo sul. - [Vocês vão acertar o mestre!]


 Dex ponderava se aquela manobra era para salvar a vida dele ou era mesmo preocupação com Kaira Okinawa, mas não podia pensar. Deveria ser rápido... Teve muita sorte até agora...


 Com um impulso, Dex salta para cima, carregando a relutante elfa-negra. A gravidade parecia não agir....


- Beleza... - sussurra o Felítrius.


- O que você estava fazendo lá? - grita ela nervosa. - Queria morrer?!? Aquilo é um exército, seu louco!


- Eu sei... - sorri Dex, estendendo a mão para a ônix.


 Pluma vê o que ele ia fazer... olha para baixo, de onde ainda via o líder do exército inimigo.


Dex fazia força. Quebrar a pedra sem algo sólido como o chão era difícil... e se tornou impossível quando a elfa agarrou seu punho para tomar a pedra.


- PARE! - grita ele. - O que está fazendo?!?


- Você foi longe demais! - retruca a elfa. - Não pode fazer isso!


- Largue ... minha ... Pedra... Mi-chan!


 Dex não pode conter a língua. O silêncio constrangedor...


- Mais um motivo para não permitir que mate meu padrinho. - fala ela enfim.







Therak tenta um vôo rasante tocando o chifre de Nalkbathaãs, mas só consegue chamar mais atenção para si mesmo...


 Flechas voavam contra o construto em baixa altitude. Therak não podia sequer defleti-las pois em cada ponto do solo havia algum humano. Ele demora para desistir da manobra na esperança de ver o chifre fazer efeito no solo estável daquela colina... mas não é o que ocorre.


 Enfim, uma descarga de energia negra o atinge pelas costas. O feiticeiro estava livre da paralisia e o seguiu. O ataque não feriu a integridade de Therak, mas quase que minou sua reserva de energia. O poder de vôo de Therak foi desfeito, e ele cai pesadamente no meio do exército, que agora pisoteava maldosamente seu corpo caído.


 Veritas tentava se aproximar mas tinha seus próprios problemas. O feiticeiro, livre de Therak, voltava suas atenções para a ave, impedindo que alcançasse o mestre.


 O colosso de rocha sabia como deter o avanço de oponentes, mas acabou ilhando Armageddon na caverna artificial. Ele também não podia sair... E a cada instante recebia ataques destrutivos. Seria destruído em breve... e talvez não resistisse mais se a ônix atacasse.


 Os arqueiros, Del e vilo ainda cobriam-se das flechas vindas dos três arqueiros de elite quando percebem que um pequeno grupamento de samurais escalou a encosta... Estavam cercados.


 Win-hen era monstruosamente resistente aos ataques, seja por sua armadura, seja pelo auxílio de Cymasi... mas ela não o curava tão rápido quanto ele recebia golpes. E logo, estava sem energia vital para sacrificar por ele...


... então, um golpe na poça de uma katana mágica destrói sua formação. Ela tomba inconsciente, trespassada na perna por uma espada mágica.


 Win-hen cai logo depois, mas desta vez rendido.


Thiago é derrubado de cima de D'artagnhan enfim com uma flecha. O cavalo não consegue alcançar seu aliado... mesmo o Grifo é incapaz de atravessar o mar de oponentes armados, que o fustigavam. Chan, em desespero, salta do dorso do Grifo e pousa ao lado de Thiago, que sangrava muito... Abre algum espaço com sua lança-trovão, mas percebe que era uma posição de cerco...


 Um dos jovens que Taiguro convenceu a juntar-se ao exército se aproximava do corpo do arqueiro que Vilo sacrificou por Del. Percebe que ainda estava vivo, embora tivesse quebrado o pescoço.


- [O mestre mandou matá-lo!] - fala um dos soldados.
- [Ele não é Gaijin, nem genin.] - protesta o cadete. - [Não deveria ser morto!]
- [Ele é Inimigo!] - grita furioso o soldado. - [Inimigos TEM de morrer!]
- [Bom que você pensa assim...]


O cadete gira sua espada em arco, e quase rasga ao meio o soldado assassino, mesmo com sua armadura.


 Depois sentia remorso... Nagata sensei ensinava aquela manobra.




 Nagata recuperava a consciência. Percebia que sua luva havia sido substituída pelo anel de Thiago...


- [Nagata-sama!] - fala o ancião, muito ferido, mas consciente. - Fracassamos. Não pudemos entrar no cerco da morte com os outros...
 Nagata olhava a manobra condenada. Mesmo em superioridade, o exército invasor havia cometido erros infantis... Talvez... Se tivessem planejado mais, tivessem alguma chance de vencer... Se não tivesse deixado os gaijins tomarem todas as decisões... Ele teria ensinado disciplina.


 E então, Nagata encara o horizonte, e percebe o quanto estava errado. Mais soldados se aproximavam.


- Devem ser quase duzentos homens! - grita em um misto de frustração e cólera. - Eles têm mais homens que o SHOGUN!


 Chan gira mais uma vez a Lança, mas via que Kioru não duraria mais. D'artagnhan havia tombado para o lado e eles provavelmente iriam executá-lo. Therak defendia-se como podia... Dex era o único que não estava completamente cercado pelos inimigos... E mesmo assim, perdia-se em uma batalha pessoal com Pluma Negra.


 Thiago levanta-se... Com o sorriso zombeteiro de quem não ligava para a morte. Ergue seu florete, e preparava-se para a investida...


 Chan quem dá a última cartada.


- [Nós nos rendemos!] - grita ela. - [Todos... parem de lutar!]


- Chan... não! - ainda queixa-se o irracional mosqueteiro.


- [Eu sou a filha do Daymao e digo que suas armas não nos interessam mais, Cruzados!] - fala ela, tomando o florete de Thiago, que mal poderia protestar.


 Os samurais afastam-se de Win-hen e de Therak. Os animais param de ser golpeados... E embora D'artagnhan ainda saltasse, Kioru cessa seu avanço, com asas e dorso feridos.


 Dex olhava para baixo. O Colosso de esmeralda começava a ruir... Soldados apontavam espadas, lanças e arcos para Armage-vânova no interior.


- O demônio! - fala num misto de triunfo e alívio Okinawa, vendo o maccubus. - Isso explica tudo.


 E enfim, Nagata caminhava, com a espada embainhada acima de sua cabeça.


 As cornetas eram o que mais estranhavam naquele momento. Parecia uma marcha avançando para combate... Mas então, todos percebem o olhar perplexo dos soldados, bem como do líder do batalhão, voltando-se para os guerreiros que se aproximavam.


 Uma comitiva de três adiantavam-se... Um, com a armadura idêntica à do Líder, mas com a máscara abaixada, pendurada no pescoço. à sua direita, Kaede com uma bandeira branca... e à Esquerda, Noiro, vestido como samurai de Okinawa.


 Os cruzados são reagrupados diante do grupo que se aproximava. O líder da armada segue também, fortemente protegido. Chan restaurava a consciência de Cymasi.


- Não se importa se eu falar em idioma gaijin, ou se importa? - fala o intruso.


- Ele vai entendê-lo, Okinawa-sama. - responde Noiro.
- Okinawa?!? - espanta-se Chan.
- Kaira Okinawa, patriarca da família Okinawa vassalo de Tsé. - fala ele. - E ... surpreso em ver que possuo dois exércitos... e que estou sentado sobre aquele cavalo lá! E gostaria de saber quem deliberadamente colocou minhas cores.


 O general invasor remove sua máscara lentamente, e mostra um senhor orgulhoso posto contra a parede. Os samurais e soldados mascarados fazem o mesmo. Nagata reconhece os veteranos e os novatos, mais alguns que ele jamais havia visto antes... Alguns seus mestres, outros seus alunos. Todo o exército invasor era composto por Samurais e guerreiros de Daiki... e o Daymao liderava a campanha.


- PAI! - grita chan assombrada. - Então... Del estava certo!


 Cymasi recupera a clareza da visão, e seus olhos encontram os de Noiro, que acena positivamente.


- Se tivessem feito como eu instrui, ganhariam tempo para eu chegar e impedir que sangue fosse derramado. - fala ele severo.


- Você gostaria de explicar o que é isso, Daiki-sama?


- Não tenho mais por que esconder. - fala ele. - A culpa disso tudo é de Asuka de Meliny.


- Não... pai... - fala Chan, com lágrimas. O ódio entre seu pai e seu irmão o levou à loucura.


- Nós tivemos rivalidades no passado, Kaira... Nada que chegasse a fazer um erguer armas um contra o outro no passado, mas se eu tivesse algum nobre que pudesse convincentemente se tornar um inimigo invasor, seria você.


 Desde que a notícia de meu filho ter cometido o Seppuku, jamais acreditei que um verme desonrado tivesse subitamente decidido limpar seus erros. E sabia que, se ele trabalhava tal farsa, em pouco tempo viria a Wen-ha... e provavelmente a minhas terras. E realmente, um ano depois, seus amigos e minha filha surgem em Aikidaiô.
 Durante este ano, dividia as atenções entre reerguer minhas terras e forjar armaduras e vestimentas baseadas nas cores de Tsé e Okinawa. Uma pequena fortuna que se mostrou bem gasta afinal. Informantes meus me avisaram que minha filha e os aliados de meu filho se aproximavam, e então, juntei meus samurais e inventei uma viagem... teoricamente às suas terras, kaira.
 Nagata não podia ser envolvido no plano. Embora creia que ele seguiria bem seu papel, eu suspeitava do passado entre ele e meu filho, especialmente no incidente com a vampira nas terras do Império um ano antes. De qualquer forma, o Dai-samurai chorando a perda de sua honra tornaria meus planos ainda mais convincente.
 O ataque em si não estava em meus planos, ainda mais quando eles cederam à pressão e admitiram que Asuka estava vivo. Mas Nagata orgulhoso ao invés de ordenar os servos todos a se refugiarem, formou sua resistência. Eram Genins, poderiam morrer... mas os Gaijins se mostraram ainda mais ousados. Perdi o controle com o calor da batalha, e sangue, dos dois lados, foi derramado".


- Calma lá... - fala Cymasi. - Você é pai de Chan, e Pluma Negra é sua filha... então, Chan é irmã de Pluma negra?


- Sua mente caótica me confundiu, bruxa Youkai! - fala Kuroro com raiva, apontando acusadoramente para Cymasi. - Por quatro vezes liberei você em gesto de boa fé, e você não ia! Praticamente implorou que eu te matasse! Eu pretendia usá-la para tirar Chan do conflito, mas acidentalmente falei "minha filha"... E quando você perguntou mais, convenci você que falava de Pluma Negra. Estava sem noção da bobagem que falei, mas uma idiota como você...


- Chega, pai! - urra Chan. - Você não vai insultá-la!


- Estou em minhas terras! - urra Kuroro. - Insultarei quem EU QUISER!


 Para um homem cruel e frio como o Daymao perder as estribeiras daquele jeito, os heróis tinham idéia da penitência intelectual que Cymasi deve ter o posto à prova.


- Não sei se o senhor ouviu. - fala Noiro com descaso. - Suas terras foram tomadas por Okinawa.


 O Daymao encara seu rival.


- Se tudo corresse bem, nenhuma ofensa sequer chegaria a seus ouvidos, Kaira. - fala o Daimao. - Sou um homem de posses e influência, garanto que poderemos chegar a um consenso sobre sua compensação.


- Meu pai conheceu seu avô, Daiki-sama... - fala o general rubro. - No tempo dele, a honra e a pureza do nome do daimato valia mais que status. A vida de seus servos não era instrumentos de joguetes.


 Kuroro Daiki cerra os dentes com força.


- Está me desonrando diante de meus homens, Kaira Okinawa! - fala o daymao furioso.


- Eu até pretendia... Mas cheguei atrasado. Com que respeito seus súditos olharão para você após forçá-los a matar seus aliados?


 Nesse momento, um dos soldados de Kuroro (ainda com as vestes de Okinawa) arrastava-se carregando o arqueiro que recebeu as flechas de Del e caiu do penhasco. Ele o posta diante de Cymasi...


- [Mitarai...] - sussurra assombrado Nagata. - [ Você estava envolvido com esse absurdo?]


- Ele está com o pescoço quebrado... - diagnostica Cymasi. - Preciso me ajuda aqui...


Del olha para Vilo, censurando-o, mas não ousava falar nada. Deveria ser o elfo lá. Vilo morde o lábio, proibido de falar.


- Se ele morrer... você pagara! - fala Thiago abusado.


- E quem pagará por Taiguro, que foi degolado POR TRAZ? - fala o Daimao. - Se tivessem interrogado, ele provavelmente falaria... Foi bom para meu plano a execução, mas péssimo para o carma de seu assassino!


- O sangue dos dois está em suas mãos, Kuroro-sama... - fala Okinawa pesaroso.


- Não ouvirei de um forasteiro como governar minhas terras! - rosna animalesco Kuroro. - Nagata! Cumpra seu dever!


 Todos olham espantados.


- O que foi isso? - pergunta Cymasi desorientada.


- O Daymao desafiou Okinawa para um duelo, e ordenou Nagata como campeão... - fala Thiago. suando frio.


 Um dos samurais de Okinawa adianta-se a Kaira e estende sua espada.


- [Nagata-sama é mestre da técnica da Espada invisível e superou mestre Hiroshi em Taijutsu, Otomo.]- fala o general. - [Você acha que tem alguma chance de derrotá-lo?]


 O samurai olha por cima do ombro, com um olhar intimidado para o defensor de Daiki.


- [Meu sangue lavará sua honra, meu mestre.] - responde respeitosamente o samurai.


- [O motivo de escolher um campeão para o nobre desafiado é dar chance justa a alguém em desvantagem.] - fala com olhar sereno Kaira. - [Se você tem certeza da derrota, não vejo porque mandar outro cumprir o meu destino.]


- [Eu posso derrotar Nagata-sama!] - insiste o Samurai.


 Kaira toma sua espada, caminha à frente das tropas, e se posta em posição.


- Okinawa vai lutar?!? - espanta-se Thiago. - Ele tem setenta anos! Não tem chance alguma!


- Se você tivesse honra lutaria você, e não seu soldadinho, Daymao! - protesta Win-hen.


- Eu não vou ouvir lições de honra de um bárbaro... - rosna o Daymao. - Se ele abrir a boca de novo, abatam-o como a um animal!


- Nagata estava às portas da morte ha pouco... - sussurra Cymasi. - Talvez o senhor okinawa tenha alguma chance...


 Thiago balança a cabeça em desaprovação, poucos instantes antes de Nagata jogar de volta o anel de regeneração.


- Okinawa-sama... - fala Thiago. - Deixe-me ser seu campeão!


- Você é Gaijin. - fala Okinawa, ajoelhando-se cerimoniosamente. - Somente samurais podem ser campeões.


- Nagata... Você é mesmo tão covarde a ponto de continuar com isso? - pergunta Dex.


- Faça alguma coisa, Chan! - protesta Hivânova.


- A lei... Está com eles... - fala Chan, ainda atordoada.


 Okinawa termina uma breve oração. Nagata não chega a fazer o mesmo... fica de pé, encarando o nobre a postar-se diante dele.


- Em posição, Samurai! - fala Okinawa.


- Nagata... se você ferir ele, vai responder A MIM! - grita Thiago.


- Que seja! - fala o Daymao. - Se preferirem, façam fila.


 Nagata não conseguia olhar nos olhos de Okinawa. O nobre achava que era sinal de desrespeito ou que desconsiderava ele como oponente digno... Mas na verdade, seu olhar encontrava com o de uma raposa branca, que estava no topo da colina...


- Antes de continuarmos, não quero meu Daymao seguindo a pista errada. - fala ele.


- O que?


- Sobre Asuka. - continua Nagata. - Devemos os créditos a Thiago, que descobriu que Taiguro era um espião. Ele inventou aquela história achando que eu e ele estávamos em conluio... e só com a traição de Taiguro, ele me confessou... A história do samurai Hykaru era um engodo...


- Engodo? - exclama Kuroro.


- Eu continuei com o plano do Gaijin, dando esperanças ao oponente que Asuka poderia inclusive chegar... Mas até então não acreditava que era o senhor, meu Daymao. Os gaijins eram meus aliados seguindo para a morte certa, não me mentiriam. Seu filho morreu com as seguintes palavras nos lábios: 'Eu perdôo meu Pai'.


- Quando foi isso? - pergunta Cymasi.


- Shh... - resmunga Vilo, quase dando um cascudo na meio-elemental (mas se Matt quiser, pode mudar para "deu um cascudo")


- Eu quis dizer isso... - fala Nagata. - ... como cumprindo minha função ... pela última vez.


 Nagata desembainha a espada da lâmina invisível, e atira-a para Okinawa, que olhava suprprezo.


- Volte e pegue aquela arma! - grita Kuroro furioso.


- Minha família já abandonou a mansão. - fala o samurai. - Yoko havia dito que saberíamos sobreviver sem o apoio do Daymato, mas eu não abandonaria sua honra com a sua morte, mestre. Mas assim como você pensou de Asuka, morreu e renasceu alguém que eu não reconheço...


- Você não vai me querer como inimigo, Nagata...


- Eu sou diferente de Asuka, senhor. - fala ele. - Você perseguia aqueles que gostavam de Asuka, e ele se exilou para protegê-los. Incomode aqueles que eu considero, e você morre.


 Nagata caminha para fora atravessando a armada de Okinawa.


- Mitarai... - grita o Daymao. - Assuma como campeão no lugar de Nagata!


- Não se troca campeões com duelo iniciado, pai. - fala Chan. - Seu campeão lhe deu as costas... E sua filha também!


 Chan caminha seguindo os passos de Nagata. Atraz dela, os três camponeses sobreviventes, os arqueiros, e um grupo de seis do exército de Daiki...


(e ... imagino que os demais).







- O que você quer? - pergunta atormentada Pluma Negra.


- Porque você vai continuar com Kuroro, Mi-chan?


- Eu sou Pluma Negra agora. - fala ela. - Treinei muito para chegar a ser o que eu sou. Michelle era uma intermediária apenas. Você nunca me conheceu!


- Não é verdade... - fala Dex.


 A elfa negra tirava as vestes.


- Posso ter alguma privacidade? - fala ela.


 Dex vira-se.


- Meu nome é Miko Lee. - fala ela. - Acho que conhece o nome.


- "Lee" é do Shogunato do sul...


- Dos antigos senhores desta terra. - fala ela. - Meu pai foi primo do shogun de Lee Akira-sama. E era opositor a Shorian Yatah, um velhaco que enfeitiçou a irmã do Shogun. Ele quebrou o feitiço e foi punido com morte e traição...


- Yatah? - piondera Dex. - Já ouvi esse nome...


- Yatah exigiu compensações pela perda da noiva. - fala a elfa. - O Clã Lee ainda é o mais fraco, mal conseguindo manter o domínio do Shogunato para desafiar um Shorian. Sua família foi banida... e eu decidi que os culpados deveriam morrer...


- E então, deixou Meliny...


- Shorian poderia seguir meus passos onde quer que eu fosse no reino, mas não fora dele. - fala ela. - E os Wenhajins subestimam as técnicas ladinas gaijins. primeiro, com guildas pequenas como a que nos conhecemos... Depois de minha "Morte", um clérigo de Shallay me reencarnou...


- Pensei que Wenhajins não pudessem reencarnar ou ressuscitar assim...


- Não gostamos, e em regra, não aceitamos... mas para mim foi melhor. O Deus da reencarnação mostrou que meus paços eram os certos... me deu o poderoso corpo de um Drown. Com ele, consegui ingressar na Irmandade da Pólvora e criar a identidade e personalidade que viria a ser Pluma Negra. Ela pode se vingar daqueles que provocaram a disgraça a minha família.


(espaço para Roleplay).







- Não está decepcionado, Kamlyn? - pergunta surpreso Nagata.


- Se ser samurai não é bom o suficiente para meu pai, não é bom o suficiente para mim! - fala o pequeno, batendo a mão no peito orgulhoso. - E os deuses estavam a seu lado! Mamãe me disse... E estava certa!


- Estava mesmo... - fala Nagata, abraçando-a. - No final, a sabedoria deles me trouxeram à luz.


- E eu falei sério em sermos capazes de sobreviver sem o título de Samurai. - fala ela.


- Nossa família vai com o senhor, Nagata-sama. - fala o mesmo idoso que decidiu por lutar com os Heróis. - Eu vim para Daiki ha vinte anos porque o Daymao deveria nos dar proteção. Não vou ficar aqui nem mais um dia! Se o senhor puder, me ensine a lutar...


- E se o senhor puder... - fala Nagata. - Me ensine a plantar. Iremos para um lugar onde possamos viver com honestidade, e se possível, as armas serão desnecessárias.


Ao todo, os alunos mais novos de Nagata optaram por abandonar Daiki. Os demais - camponeses e guerreiros - Não ousavam perder o prestígio e a segurança que conquistaram naquelas terras. Nunca foi intensão de Nagata uma debandada em massa, estava satisfeito por ter dado a notícia da fim da invasão. Todos voltariam ao que poderia ser classificado como "vida normal"... Menos a família de Nagata.


- O que acha que vai ser das compensações com Okinawa? - pergunta Chan.


- Conhece a expressão gaijin "atirar no próprio pé"? - fala Noiro, livrando-se da armadura e voltando a o "preto básico". - Daiki é um shogunato importante de Tao, que seria nosso maior aliado para cumprir a purificação de Lee e a mudança do Shogunato. Vai sofrer desgaste político perante os Tsé que protegem Okinawa, mas são defensores incondicionais pela sucessão permanecer com Geen.


- Okinawa provavelmente vai ser elevado a daymato, enquanto Daiki sofrerá restrições de honra. - fala Chan pesarosa.


- Fizemos o que é certo, Noiro. - fala Thiago. - Mas... como você soube que era uma farsa?


- Eu não sabia. - fala o ninja. - Achei estranho o exército estar marchando do norte e não do leste, onde ficavam as terras de Okinawa. Mas se não achasse nada extraordinário, seguiria viagem com Kaede.


- Mas... você ... prometeu... - gagueja Cymasi.


- Há um motivo para samurais detestarem ninjas. - fala Noiro secamente. - O fato de mentirmos para nos livrarmos de choronas inconvenientes, por exemplo...


- Eu tenho certeza que você nos ajudaria de alguma forma, Noiro. - fala Thiago sorrindo.


- Acredite no que quiser que não incomode nossa missão. - fala o ninja. - Não devemos nos demorar  aqui.


- Eu e minha família vamos para a fronteira sul, e de lá, viajaremos pelas terras de Tsé. - fala Nagata. - Com a gratidão de Okinawa, vocês podem vir conosco, se quiser...


- Acho que não, Nagata. - fala Armageddon. - Pelo mapa, devemos ir a Aikiobara, então, o melhor caminho é por Fung Kyo...


- Não vamos para lá por Fung Kyo. - fala Noiro. - temos problemas.


- O que foi desta vez? - resmunga Del.


- Vamos para Shora. A cidade dos Shorians.


- Eh... Quer dizer a cidade do clã de feiticeiros que não quer que nós tenhamos sucesso?


- O Escorpião não quer que tenhamos sucesso. - corrige Noiro. - Ele não é o representante da vontade do clã... Ainda...


- "Ainda?"


- Isso mesmo, Kaede. - fala Noiro. - Segundo Okinawa, ele aceitou o desafio ao Daymao. Será uma luta um contra um... Se o Escorpião vencer, ele terá poder total sobre o clã shorian inteiro, um daimato de Wu, para jogar contra nós...


- Se for um duelo um contra um, o que poderíamos fazer? - pergunta Thiago.


- Poderemos ...


 Noiro ia falar, mas volta-se para Cymasi.


- Eu pensei que eu tinha dito para eliminar o Shorian que nos segue...


- Hein? - espanta-se Cymasi.


 Therak surgia, com o cadaver de um corvo nas mãos.


- Ele não chegou a ouvir nada. - fala Therak.


- Familiares corvos possuem vínculos com seus mestres e entendem o idioma dos homens. Se não fosse por Therak, o Escorpião já estaria esperando por nós... Mas já que você não matou o feiticeiro, teremos nós mesmos de arranjar uma forma de despistá-lo.


- Considerando que as aves obedecem seu mestre, como poderíamos fazer isso? - pergunta Vilo. - Se rumarmos por qualquer trilha ou estrada, eles deduzirão para onde vamos...


- Vamos pelo deserto escuro. - fala Noiro.


- O Deserto? - exclama surpresa Chan. - Mas é perigoso!


- Com sorte nós nos envolvemos em algum perigo, e sobrevivamos... E com isso tiramos os corvos de nossa cola. É fácil se perder nas montanhas Mei-kay. Talvez uma breve incursão por elas...


- Tem um motivo para chamar as montanhas de "Mei Kai", noiro... - fala Thiago. - Aquilo é um verdadeiro inferno.


- Se o rastreador estivesse morto, medidas tão drásticas poderiam... eh... espere...


 Noiro ergue a mão espalmada para o céu nublado e olha com interesse.


- Alguém mais vê isso? - pergunta Kaede mordendo o lábio inferior.


- Como não ver? - fala Thiago.


- Não vê o que? - pergunta Dex, tentando olhar.


- Não vêem a noite surgindo? as estrelas dançando? - protesta Thiago.


- Noiro-sama disse que só aqueles fortemente vinculados com o carma conseguem avistar os astros falando, Thiago-sama... - fala Kaede.


- Já vi o bastante. - fala Noiro. - O Carma de Cymasi está vinculado com o de nosso perseguidor. Ou nos trairá para os Shorians em um futuro próximo... ou já traiu.


(espaço para Roleplay)


 




EPÍLOGO:


 O novo rastreador entra com receio no quarto mal-iluminado que Kuroro Daiki se instalou.


- Mestre... - fala ele. - Os espiões quer saber se ainda quer que vigiem sua filha...


 O daymao toma o conteúdo de uma caneca quadrada de uma golada só e responde:


- Que "Filha"? - fala ele. - Eu não tenho filhos!

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

ATO II TOMO VII: Os últimos defensores 当サイト


O mensageiro encaminha-se respeitosamente até o líder da armada de Okinawa e relata tudo o que viu. Enumera e descreve cada um dos guerreiros Gaijins e então aguardam.


- [Não conseguiu ver armadilhas ou quantos soldados Nagata possui?] - pergunta Pluma.


- [Eles me vendaram.] - justifica o mensageiro. - [fora a presença da bruxa da água que o mestre destruiu ha poucas horas, nada de extraordinário me foi exposto.].


- [Você agiu bem.] - fala o líder mascarado. - [Então, Asuka Daiki mudou de nome e de identidade para fugir às perseguições... e eles se recusaram a entregá-lo, mesmo sob apelos de Nagata... Bom saber disso].


- [Você não vai levar a guerra adiante... não agora, ou vai, senhor?] - pergunta Pluma.


- [Eu pensaria em perdoar o incauto pelo assassinato frio de Tayguro por eu ter executado a bruxa das águas, mas como ela está viva, os gaijins me devem um. Por isso minha vontade é que fosse lá e exigisse que entregassem o assassino covarde.].


- [Eles se negam a entregar Asuka em troca de suas vidas, não vão entregar um guerreiro antes de um combate.] - argumenta a elfa.


- [Então, escapou de prestar seus serviços como minha espiã] - fala severo o general. - [irá cumprir seu papel ainda assim, mas na armada. Será minha protetora pessoal]


- [Está bem...] - fala ela. - [Com minha presença, Dex poderá moderar seus ataques... e com isso, os demais também... mas eu não confio no halfling... e eu soube que ele evoluiu muito.]


- [Mandem os batedores em atenção total, e os três Tenshey* devem...]


Therak e Veritas passam rasante diante das armadas.


- [... Devem abater aquele cretino voador e seu animal!]






 Hykaru adentra no templo de Cronus. A torre era feita de mármore branco com padrões ininteligíveis. Não era muito alta ou possuísse defesas visíveis, mas toda a região até 3 metros dela parecia estranho, deslocado e distante. Desde a vegetação discrepante com o do resto da planície que se estendia até os limites sombrios de Fórgia até a própria sombra da torre, apontada para as 03:00h em pleno sol do meio-dia.


 Cruzar aqueles portões era igualmente desconfortável. De relance, o paladino da luz percebia vultos de pessoas que entraram e saíram no decorrer dos séculos. Alguns inclusive apontam e encaram, por menos de fração de segundos, apenas para desaparecerem logo em seguida.


 O salão de entrada não tinha segurança ou proteção. Era anormalmente grande, como se a torre fosse mais ampla no interior que o exterior. Havia um jovem guerreiro de porte avantajado, mas paralisado em um eterno passo.


- Aqui em cima, Senhor Asuka! - grita uma voz conhecida, e cometendo a gafe da identidade.






- São três. - grita Therak, desviando momentaneamente de sua manobra. - Um porta-bandeira a cavalo e dois com blocos menores, um a pé e outro a cavalo.


- A estrada é o único acesso possível a grande número de pessoas. - pondera Nagata. - Um dos blocos dos arqueiros deverá contornar no sentido oposto precavendo ciladas... Mas não atacarão. O segundo, dará apoio ao exército principal... Eles possuem a maioria numérica, não têm motivo para inovar.


- Estas lanças não fazem meu estilo... - fala Thiago.


- Quer ter a chance de lutar em "seu estilo" contra cavaleiros montados? - fala Nagata, cada vez mais irritado. - Faça-o descer do cavalo!


- Thiago... - repreende Chan. - Há diferença entre nossas velhas ações heróicas e manobras militares. A falta de unidade pode condenar tudo!


- Exato, senhora. - fala Nagata. - A arte da Guerra Wenhajin mostra que exércitos antigos apoiados em heróis individualistas sucumbem diante de um exército moderno coordenado. O Império derrubou quase todos os seus oponentes assim.


- Minando o individualismo? - bufa Thiago.


- Não... Criando uma mente coletiva... Um corpo coletivo. - resmunga Nagata.


- Acho que não é hora para as moçoilas discutirem! - resmunga Win-hen. - Mas que os camponeses vão ser pisoteados pelos cavalos, irão sim...


- Confie neles, bárbaro. - fala nagata. - E mesmo se fosse o caso, não há mais volta... Lá vem a armada de Okinawa.






 Hykaru adianta-se por uma escadaria em espiral que dava acesso a uma alcova branca estéril, onde em uma mesa hexagonal Cronus redistribuía pequenos objetos até então não identificados. Observando com curiosidade, Gororion, que encara com espanto a chegada do aliado.


- Que coincidência, senhor Asuka! - fala o arcano branco estendendo-lhe a mão.


- Na verdade, Asuka chegará quinze dias depois de você, mestre Gororion. - interrompe Cronus. - Mas como haverão dúvidas e perguntas, acredito que eu deva me repetir o mínimo.


- Então sabe o que eu vim fazer aqui, mago? - pergunta Hykaru.


- Na verdade, cada vez que você pensa sobre isso, um novo conceito se forma. - fala Cronus. - Logo, só saberei quando o momento for o Presente e você pronunciar.


- O jogo de Dee-jihn... As peças de xadrez que você usava como metáforas... Há ligação, não?


- Curioso... - ri o mago. - Tantas vezes reformulou este momento em sua mente e regressou ao mais básico... Ao princípio.


- Eu concordo com Hykaru que o conceito da Guerra de Dee-jihn e o xadrez é mais que coincidência. - fala Gororion. - E embora não possa revelar o futuro, com certeza você pode revelar o passado. Por isso viemos.


- Um pensamento sábio. - fala o mago. - Mas após concluir que o futuro se assemelha e copia à minha ação passada, pode-se projetar os eventos, e assim, revelando-lhes o passado, revelo também o futuro. A linha cronal é definitiva nesse aspecto. Não pode ser enganada.


- Então, viemos aqui para nada? - pergunta o paladino.


- Na verdade, já havia me decidido por avisar sobre os eventos vindouros. - fala Cronus concluindo o que ajeitava sobre a mesa. Na beirada da mesa, quase pendurando a ponta do tabuleiro para fora, estava uma tábua de xadrez, com as oito peças principais.


- Reconhecemos este jogo. - fala Gororion.


- Mas não é o jogo que esperam...


 Com um gesto, cinco outras composições similares surgem em cada um dos cantos da mesa. Também apenas com oito peças - duas torres, dois cavalos, dois bispos, rei e rainha - nas extremidades mais distantes. As cores deles variavam entre o verde, azul, branco, vermelho, amarelo e negro.


- Este é um jogo criado pelos elfos balkaz, devotos de Dee-jihn. Uma linhagem que não sobreviveu ao grande inverno. As peças originais eram diferentes, mas Dee-jihn mesclou o tabuleiro com o Xadrez... Vejam o centro.


 Um novo tabuleiro, menor e hexagonal ao invés de quadrado, unia os seis tabuleiros.


- O Xadrez balkaziano dava a cada um dos seus seis jogadores oito peças principais, oito peões, um território, e cem barreiras.


 Surge nos tabuleiros as peças mencionadas: oito peões e cem peças das mesmas proporções de um quadrado do tabuleiro, mas postado verticalmente, formando um minúsculo labirinto.


- E como se joga este jogo?


- Ah, posso ensinar-lhes as regras. - fala o mago. - Não são fáceis, mas é bom que vejam quão vulgar e minimista seria esta nova missão.


-"Seria"? - observa Asuka.






O Arcano misterioso que seguia com os três arqueiros tomava uma estranha porção azul fluorescente, poucas dezenas de metros atrás do batedor do grupo que se esgueirava pela estrada atrás de armadilhas.


Veritas passa em um vôo rasante, e o paralisa com o urro. Logo depois, Therak investe velozmente erguendo-o no ar e carregando-o, intencionado leva-lo para longe.


- Tente agora. - fala o feiticeiro.


 Um dos arqueiros dispara sua flecha. Em fração de segundos, Therak percebe-a, certeira e como se guiada por mágica, em sua direção. Outra análise indicava temperatura extremamente baixa. Deduzindo do que se tratava, ele ergue seu escudo.


 Refazendo a trajetória no sentido inverso, a flecha atinge o arqueiro que a disparou. Uma camada de gelo o imobiliza.


- [Como imaginei...] - resmunga o mago. - [Ele sabe se proteger de ataques à distância... e Voa para fugir dos ataques a curta distância...]


 Mal fala isso, um leve tremor é sentido, e logo depois, um cavalo de outro arqueiro é engolido pela terra. O arqueiro salta em segurança.


- [Ah, dominam céus e terras] - gargalha a criatura. - [Bem, vamos nos livrar desse nosso maldoso intruso...]


 O arcano desmonta e toca o chão, recitando palavras de teor diabólico. O solo ao redor se torna escuro e um cheiro fétido é sentido. Um urro bestial lamurioso é ouvido.


- [O voador iluminado!] - observa o último, único ainda montado.


- [Ele poderá ser uma distração... e já sei que ele pena com energia negativa... voltem ao mestre e sigam com o exército... eu cuido do miserável]


 O arcano começa a levitar lentamente, até uma altitude respeitável. Seus movimentos eram mais contidos, e ele recitava mais daqueles feitiços.






- Quer dizer que... A guerra tão proficiada por Dee-jihn, é um mero jogo de arena com apostas?


- Exato. - fala o mago, apontando-lhes cadeiras (que não existiam ha um minuto atrás). - Asura possuía receios de ingressar nesta... Brincadeira de deuses, por receio a vocês... Mas não faria tal destrato a Dee-jihn. Mesmo assim, ao contrário da maioria dos sultões elementais, ela tornará a participação facultativa...


- Thiago e Spaniel não hesitarão em entrar. - fala Gororion. - Na verdade, muitos dos nossos tem motivos de maior ou menor grau para tanto... Mas nem todos. Se eu tivesse descoberto sobre esta natureza amena ha uma semana atrás, com certeza agradeceria a oportunidade e dispensaria... Mas...


- Mas descobriu algo sobre o Jogo de Dee-jihn no livro da Verdade, não? - fala Cronus com um sorriso. - Dee-jihn tem planos mais elaborados para esses jogos... Mais do que os seis sultões imaginam. Planos que remetem à própria criação.


- Que planos?


- O destino é muito difícil de controlar. - fala o mago, observando cada uma das tábuas com interesse de quem estava prestes a fazer uma manobra. - Eu mesmo, meramente faço mudanças superficiais... Efeitos terrenos com destinos mortais. Quando tenho sorte, alguns reinos reagem como eu espero. Mas os Grandes deuses, com sabedoria e percepção fora da escala compreensível aos mortais, planejam a realidade com precisão que invejaria aos mais sábios dos deuses menores. E da mesma forma, são capazes de ocultar seus intentos, até mesmo de seus iguais. Se o plano de Dee-jihn for tão grandioso assim, lembrem-se que, embora esteja expulso do panteão e com poderes sensivelmente reduzidos, ele ainda é o último dos Primarcas, contemporâneos dos deuses maiores e anterior à vida... Anterior à própria estrutura do que hoje chamamos de ... Meliny.


- Isso seria a forma de Spaniel dizer "Eu não faço idéia"!  - bufa Asuka. - Fizemos jornadas longas para ouvir tão pouco, mago...


- Sei que tem em seus ombros frustrações e obrigações de seu novo cargo, Asuka Daiki. Mas tenha olhos mais vívidos em grande escala. Quando possível, alerte seus companheiros, mas lembrando que os domínios de Asura também pertencem a Dee-jihn. O senhor dos desafios fracassou uma única vez em toda sua existência. Esteja pronto a fazer sacrifícios e vislumbrar o panorama geral, não o que é mastigado e posto à sua frente.






  Começa a marcha. Metade da estrada vencida e um trecho mais íngreme obriga a fila a ser mais estreita... E enfim, encontram-se com o agrupamento. Nagata, Thiago, Chan,. Win-hen, Cymasi permaneciam em prontidão, junto com os quatro soldados.


Os arqueiros deveriam elimnar os arqueiros de Okinawa de uma posição superior , para garantir a Nagata e seus homens a chance de combate corpo-a-corpo. Segundo Nagata, bastaria a Del acompanhar os movimentos dos demais.


 Del, em um canto privilegiado da encosta com os demais arqueiros, fazia mira e preparava para disparar quando é detido por um dos arqueiros.


- Esperar. - fala ele. - Atirar arqueiros!


- Eu estava mirando em um arqueiro.


- Não... Esperar... Usar tamanho... usar greidade...


- Grei-o-que, Wenjaca?


- Grei-vi-de-de...


- "gravidade"?


- hai! - sussurra ele. - Gradivade nosso favor. Dobro nosso alcance.


- Alguém aí sabe meu idioma? Élfico? Até o idioma do melekashiro!


 Os dois grupos se encaram. Cornetas intimidadoras vindas da armada de Okinawa ecoam pelos vales e pelos corações daqueles últimos defensores. Nenhum dá um passo atrás.


- Pensei que Dex ia usar o Colosso da Esmeralda para nos ajudar... - sussurra Chan.


- Aguarde ele deixar seu esconderijo. - fala nagata. - Felizmente Therak liquidou o rastreador e o líder não deu importância a isso...


- Não vejo Therak-sama... - observa Win-hen olhando os céus.


- Droga... - resmunga Nagata. - Ele deve ter encontrado dificuldades...


 O Líder Okinawa estava no centro da formação. Mais alguns metros, e começando a confusão, Armage-vânova lançaria suas brumas e começava a manobra. Ele estudava os oponentes.


- [Nem todos os que o mensageiro anunciou estão lá]. - fala o Líder. - [Eles acham que somos burros?]


- Se atacarmos direto, cairemos na armadilha deles... - fala Pluma, agora em Melinês. - E você viu quem está lá? Na linha de defesa?


 O líder okinawa coça o queixo debaixo da máscara rubra.


- Mandem os arqueiros. - fala ele. - Todos eles.


 Os três arqueiros de elite adiantam-se... seguidos por um jovem carregando um estandarte. Logo depois, uma dezena de homens com arcos esgueiravam-se entre os cavalos e fazem mira nos oponentes do outro lado. O camponês mais idoso tenciona a abaixar-se e pegar o escudo, sendo detido por Nagata.


- Temos que encoraja-los... - fala o Samurai.


- MAIS?!? - bufa Thiago enfurecido.


 Com um comando, uma tempestade de flechas começa. Nagata dá o sinal, e todos erguer os escudos gigantes. A proteção é efetiva, mas três escudos são estraçalhados: um deles, o de Thiago.


- Que droga! - urra ele. - Os três "arqueiros bons" tem flechas especiais!


- Cymasi! - urra Chan. - Eu te cubro! ajudem os feridos!


- Eles têm flechas especiais... e nós temos as nossas! - grita Nagata.


 Nisso, o primeiro dos arqueiros de elite recebe uma flecha trespassando seu ombro. Logo depois, em cadências ponderadas, Del e os demais arqueiros de Nagata começam a atirar.


- [Arqueiros em terreno alto!] - grita um dos arqueiros de elite. - Estão fora de nosso alcance! Aproximem-se deles!


 E então percebem que tal deslocamento teria de atravessar o pelotão em si, expondo-os ainda mais e atrasando-os.


- Ah! "Gravidade do nosso lado"! - fala satisfeito Del. - Agora entendi... posso usar minhas flechinas então?


(off: Del: Descreva seus ataques)


- [Não podemos atingir os arqueiros desta posição!] - grita o Líder. - [Cavalaria, AVANÇAR!!!]


- O rastreador ignorado... concentração dos arqueiros... - fala Nagata. - Não acredito que tivemos tanta sorte com dois erros como estes. Às Lanças!


Os escudos são dispostos à frente, auxiliando a sustentar as lanças apontadas para cima quando os cavaleiros se aproximavam. Os dez samurais de Okinawa estavam com eles.


- MAIS ALTO! - gritava Nagata. - Forçem-os a saltar! Forçem-os a se espetarem!


- Lá vem... força!


 Os soldados praticamente se jogam nas lanças altas, e os cavalos, feridos, desfaziam as formações. Quando Kioru, parado poucos metros atrás, emergiu urrando e entrando no combate, nem mesmo os orgulhosos garanhões de guerra permaneceram.


- [Esmaguem!]- urra o Líder. - [Esmaguem os Gaijins, e os Genins! Mas asuka-chan e Nagata serão trazidos a mim com vida! ESMAGUEM!!!]


- Largar lanças! - grita Nagata. - Fechem o caminho, e lutem!


 A tropa começa a marchar em bloco. Os samurais atacavam homogeneamente, mas encontravam defesa preparada. Os demais cavaleiros não possuíam tal predisposição. Ainda assim, a cada momento um dos defensores aldeões tombava ferido. Seu posto era rapidamente ocupado por algum dos demais enquanto Cymasi procurava levanta-lo de volta à batalha. A meio-elemental parecia excepcionalmente condicionada àquela atividade, o que compensava os limitados talentos defensivos dos Samurais.


 Win-hen, então, mostra-se como elemento decisivo. Com um urro, ele adianta-se à formação. Aos olhos dos samurais, um demônio com um dragão vivo urrava na direção deles... e enfim, cedem terreno aos defensores.


 Enfim as tropas a pé se aproximam, divididos por Win-hen e CHan, agora montada no grifo a branir sua lança-trovão em posição favorável, e abusando a força física de seu grifo.


 Estavam todos na posição. Armage-vânova lança seu encantamento. Um anel de névoa se forma, e em seguida investe na direção do centro de sua circunferência: O Líder Okinawa.


 Os guerreiros rubros que lá estavam se espantam e recuam. Mas o Líder okinawa era em particular o mais assombrado com tal manobra. Ele urrava instruções em Wenhajin (logo, incompreensível ao "grupo de resgate") e saca sua espada.


 Dex é o primeiro a surgir entre as brumas, e percebe, apesar das roupas de guerra e do chapéu cônico, a elfa negra ao lado do líder. Pluma Negra estava ha poucos metros dele... Michelle...


... O plano de usar a ônix parecia frustrado.






(Off: num primeiro momento, os soldados nas brumas estão surpreendidos. Mas não parecem dispostos a se entregar. Estão em vantagem de 9 para 1(pelo menos o Líder e Pluma Negra deveriam ser combatentes mais eficientes). Therak percebe o feiticeiro flutuando logo atrás dele... deve decidir se o confronta ou se deixa aquele lugar para sua formação original - o que garantirá um "ataque de oportunidade" ao inimigo).


A frente de Nagata estava segurando bem a sua posição, mantendo seu terreno, mas movendo os oponentes. No exato instante, 2 dos 4 soldados civis estão feridos precisando de atendimentos. Nagata e Win-hen estão feridos, Chan não tanto, graças talvez à força de Kioru. Os arqueiros de Elite correm na "contramão" para tentar eliminar os atacantes arqueiros.


 

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Ato II Tomo VI: Traição e espionagem: Preparativos para a guerra 猿渡









6:00 para a Guerra...


 


 Começam os preparativos. Um dos arqueiros regressa do arsenal.


 


- Não temos munição ou armas suficientes, mestre! - fala ele.


 


- Há flechas e medicamentos no castelo. - fala Nagata. - Alguém deveria ir lá...


 


- Vocês precisam de todos para os preparativos, Nagata. - fala chan, pela primeira vez desde o momento que recebeu a notícia. - Eu chegarei mais rápido com Kioru, e posso carregar mais carga.


 


- Eu questionaria sua participação, por ser "a última dos Daiki", mestra. - fala Nagata com descaso.


 


- Hei! olha o tom, Nagata! - reclama Thiago. - Tinhamos motivos para o segredo de Asuka!


 


- Em outros tempos você tombaria por cruzar minhas palavras, Gaijn... mas me deu o dom do conhecimento. Devo muito a você.


 


- Ei! não vamos começar isso de novo! - resmunga Dex. - A gente está aqui por todo mundo, não pelo Asuka ou pela Chan!


 


- Eu prometi que vou lutar contra inimigos de meu Daimao. - fala Nagata. - Meu orgulho não é tamanho a ponto de negar que preciso de ajuda... mas é só isso.


 


- As terras... - fala chan com remorso. - Elas não me inter...


 


- Milady, peço que se cale! - fala intrusivo Nagata.


 


 Todos encaram o samurai.


 


- Se você disser que não se importa com as posses do seu pai, magoaria profundamente seu espírito. A honra de um daimato é muito mais que o poder e as riquesas... é um compromisso com seu shogun e com seu povo.


 


 Chan baixa a cabeça.


 


- Não direi tais palavras, Nagata... - fala enfim. - Você tem razão... e agradeço por me lembrar disso. Você deve ter sido um servo excelente para meu pai... Ele não poderia ter escolhido melhor.


 


- Poderia, milady... - fala ele. - Esta função deveria ser de Asuka-kun.


 


- Asuka guardava respeito por sua dedicação. - fala Chan.


 


 Nagata encara longamente a pena-de-bronze. A fúria e a frustração do calor do momento davam lugar a um novo sentimento... qual seria ele, só o tempo diria.


 


(espaço para Roleplay)


 


- Taiguro, Yoko, e Win-hen. - fala Nagata, encerrando a conversa. - Vocês devem descer à aldeia. Yoko leva as crianças e conduzirá os populares à mansão de Mitaray. Taiguro, convoque os homens do Dojo. Win-hen, se conseguir voluntários para a fortificação que você planeja, terá apoio do Dai-samurai.


 


- Muito honrado de sua parte confiar em mim, Nagata-sama... - adianta Win-hen.


 


- Não. Do senhor ficar e morrer por Daiki.


 


 Kaede aguardava do lado de fora. Ela ouvia o diálogo enquanto Noiro pegava o cavalo e lançava algum encantamento sombrio.


 


- Suas coisas estão prontas. - fala o ninja ríspido. - Vamos...


 


- Você não morre, não é?


 


 O ninja balança a cabeça e aproxima o cavalo da gueixa.


 


- Você não tem nada a perder... e é poderoso... porque não os ajuda?


 


- Porque minha ajuda não é quista pelo samurai. - fala ele. - é um problema político local. Não vou me envolver.


 


- "Político"? - urra Kaede com lágrimas. - São vidas! Vidas de heróis prestes a serem perdidas!


 


- Eles escolheram seu destino, e decidiram guerrear por manter um punhado de terra e serviçais. Se este é o valor da vida deles...


 


- Curioso... - fala Kaede. - Esta jornada que Asuka-san sugeriu era para me mostrar Wen-ha em sua mais pura natureza... Para eu aprender sobre o quanto valeria minha vida para sacrificar... E sabe o que eu vi aqui hoje?


 


- Sei que você me dirá de qualquer forma... - bufa o ninja.


 


- Que você precisa descobrir esse senso de honra... essa alma wenhajin... muito mais que eu.


 








 


- Senhor Therak... - fala o pequeno Katemaru. - Vim aqui me despedir. Espero que sobreviva.


 


- Eu assim o farei, e trarei seu pai comigo. - fala Therak.


 


- Bem, cuide do meu quarto. - fala o pequeno. - Especialmente atrás da minha cama...


 


 O Yokai-mirim pisca o olho e corre para junto dos irmãos que carregavam sacolas na carruagem.


 


 Therak projeta sua visão na direção apontada. Ele vê o quarto de Katemaru, e atrás da cama, quatro frascos verdes.


 


- Proções de Ginsén! - exclama Therak surpreso. - Precavido o pequeno...


 


 Com uma análise mais profunda, Therak descobre o piso falso... uma passagem escavada durante meses em um túnel. Pequeno demais para uma pessoa... mas suficiente para uma criança, ou um Halfling. Ele dava quase na metade do monte.


 












5:30 para a Guerra...


 


 Kioru pousa na mansão. Ainda haviam alguns servos procedendo afaseres de preservação quando ela ordena que concentrem-se todos na aldeia, e parte pelos salões.


 


 O Arsenal do castelo ficava no fundo, o que obrigava ela a passar por cada cômodo.


 


 Os ecos do passado começam a voltar a ela. Mesmo sem se lembrar muito de sua mãe, morta pouco depois de nascer, uma música entoa naqueles salões vasios. Ela se vê correndo com Asuka, antes da amargura do pai se direcionar a ele.


 


 O severo e ocupado Kuroro Daiki era outro quando a sós com a sua filha. Era atencioso e carinhoso... Uma face dele que talvês ficasse desconhecida do mundo.


 


 E então, ao abrir as portas do arsenal, a surprea. Destacado das armas, estava um pergaminho dourado, enviado pela Ordem de Yius aos familiares dos que ingressavam no templo dos Dragões Amarelos. Ele estava em uma cúpula de vidro, preservado e em destaque. Chan nunca soube o quanto seu pai deveria ter se orgulhado daquele feito...


 


 A pena-de-bronse deixa-se cair de joelhos e lá permanece... demorados minutos.


 








 


- [Peguem somente o necessário!] - falava Yoko. - [Aqueles que tiverem carruagens não completamente ocupadas dividam espaço com os que não puderem caminhar tanto. Se tiver armas, tragam, pois não sabemos o que podemos encontrar].


 


 A balbúrdia. Choro desesperado de crianças e mulheres vendo-se forçads a abandonar seus lares. Yoko morde o lábio, e encara Taiguro e Win-hen.


 


- [Isso por sí só já foi difícil...] - fala ela. - [E vocês terão de convence-los a separar-se de seus familiares e ficarem mais tempo no campo de batalha... eu nem saberia por onde começar...]


 


- ["nos" quem?] - fala Taiguro com despreso. - [eu devo ir ao Dojo reunir os últimos soldados. O bárbaro que cuide disso...]


 


- [você vive com eles, Taiguro.]- fala Yoko. - [Eles ouviriam ...]


 


- [Se não pode ter autoridade da esposa do Dai-samurai não deveria ter casado, moça!] - fala ele ríspido. - [Voltarei em menos de 3 horas].


 


 O ranger parte pela estrada na direção do Dojo.


 


- [Ele é um verme preconceituoso e imundo, senhora!] - rosna Win-hen. - [Não precisa ser um erudito para saber...].


 


- [Ele era o melhor rastreador da região, e Nagata não pode perder um único homem sequer]. - fala Yoko. - [Engoli suas opiniões sobre Youkais fingindo desconhece-las por um ano... Pelo Nagata, devo ignorar mais uma noite].


 


 Win-hen olha a multidão assustada e confusa.


 


- [Eu ficarei com você, senhor...] - fala Yoko. - [Mas você deve convence-los...].


 


(Espaço para o discusso, Rafa. o número de auxiliares bem como a força da nova fortificação dependerá de uma nota de 0 a 11)


 











5:00 horas para a guerra...


 


Tayguro vai ao Dojo... com segundas intensões! No dojo, os guerreiros remanecentes ainda praticavam com suas espadas quando Taiguro chega, trazendo um saco.


 


- [Chega de treino!] - grita o ranger. - [Todos, aqui comigo!]


 


- [O que houve, taiguro?] - pergunta um dos soldados vendo o estranho brilho nos olhos e a entonação na voz do seu colega.


 


- [Tenho uma última missão para vocês... em nome do Daymao!]


 


 O ranger tira do saco kabutos e máscaras vermelhas, com o emblema de Okinawa.


 


- [E o que você acha que vamos fazer com isso?] - pergunta o guerreiro.


 


- [vão engrossar as fileiras do exército que chega do oeste.] - fala o ranger. - [Eu explicarei, e depois, vocês decidem se guerrearão por Okinawa ou sairão destas terras]...


 








 - Mon amour! - fala thiago, percebendo o Grifo baixando a pesada caixa. - Demorou muito! Estava ficando preocupado!


 


 Chan tentava disfarçar, mas seus olhos vermelhos a entregavam. Thiago a abraça carinhoso, e ela simplesmente deixa seu corpo cair no ombro dele.


 


- Eu não deveria ter deixado. - fala Nagata. - Sinto muitíssimo.


 


- Ele havia mudado, Thiago... - fala ela ainda em prantos. - Você o viu em Goldralf... contra Ivanova! Ele foi tão corajoso... Aceitou Asuka lutando contra seus inimigos...


 


- Pelo que me lembro ele o colocou no pátio de...


 


- Não se fala mal de alguém que acabou de morrer, gaijin! - resmunga bruscamente Nagata.


 


- Era verdade, Nagata. - fala Chan. - Não lhe faremos bem algum se fantasiarmos seus defeitos, mas ele havia amadurecido! Ele não... merecia...


 


Win-hen chega com seus voluntários enfim. Chan esconde-se discretamente atrás de Nagata para que não a vissem chorando.


 


- Fez muito bem, campeão de Len... - fala Nagata.


 


- O trabalho maior será o fosso que eu planejei... - fala ele. - se os magos quisessem ajudar...


 


- O Armageddom deve repousar. - fala Chan. - Não tem como...


 


- OIA A FRENTE!!!


 


Todos saltam assombrados quando o colosso cavalgado por Vilo emerge do chão, deslocando grandes volumes de terra.


 


- "DEMO" Fossos e trincheiras expresso se apresentando, general! - brinca Vilo.


 


- Demo? - surpreende-se Thiago. - Bem... (dizer se gostou ou não, Leish)


 


 Os aldeões estava assombrados com a criatura, mas Win-hen procurava acalma-los... "Até que enfim uma boa notícia", pensava ele.


 











4:30 horas para a guerra...


 


- O túnel avança pouco na colina. - fala Therak com Ghororion, avaliando o presente de Katemaru. - Os infantes planejavam fugir de castigos aparentemente constantes, não surpreender inimigos. Enlarguece-lo pode provocar desmoronamento.


 


- Bem, mas está bem abrigado. - fala Ghororion. - teremos de perder terreno a ponto dos soldados estarem ás portas da mansão. Talvês não seja a melhor idéia... mas ... bem, estou igualmente perdido. Se tivéssemos mais tempo para pensar...


 


- Esta entidade dispensa o sono. - fala Therak.


 


- E Gororion exorcisou a "preguiça" também. - fala o maccubus. - Mas ainda assim é uma questão de estado de espírito.


 


- Outra preocupação: Cymasi não regressou.


 


- Ah. A nova ... estou mais triste com Noiro e Kaede seguindo a missão sozinhos. Se sairmos desta, teremos que correr atraz deles...



 






 


- Cymasi-san... - observa Kaede.


 


 A gueixa gesticulava. O discreto encantamento de invisibilidade que Noiro havia lançado no cavalo acaba caíndo. Cymasi então percebe a dupla. Ela conjurava nuvens de vapor para impulsionar seu vôo, e agora pousa diante dos dois, com o corpo híbrido de água.


 


- O que estão fazendo aqui? por que não estão com os outros?


 


- O que VOCÊ faz aqui? - pergunta Noiro.


 


- Vim atrás de pistas do exército. Primeiro pensei em pegar carona num lençol frenático, mas não tinha como ver para onde ir... aí...


 


- Não viu os batedores ha uma hora atrás? - fana impaciente o ninja. - eles iam para Oeste... é lá que o exército deve estar.


 


- Então o que tem para onde vocês estão indo?


 


 Noiro olha sério para Kaede.


 


- As terras de Okinawa.


 


 Kaede suspira e sorri. Cymasi quase cai para trás.


 


- Você não pode ir sozinho ara lá! Não pode derrotar um exército sozinho... ainda mais levando ela!


 


 Noiro faz uma pausa.


 


- Está falando sério? - pergunta ele. - Acabamos de falar para você que os exércitos estão no oeste! As terras de Okinaewa terão defesas mínimas, ou mesmo nenhum único homem armado!


 


- O que vamos fazer lá, Noiro-sama? - pergunta Kaede.


 


- Eu devo a Alan-sama... mas não o suficiente para ameaçar minha missão. Os astros não estão confortáveis com essa guerra repentina. Pode ser alarme falso, mas eu pretendo procurar pistas em Okinawa.


 


- E depois você volta? - pergunta Cymasi.


 


- Se houver riscos a Kaede, ou eu não achar nada, minha missão continua. Não pretendo retornar a Daiki senão com segurança.


 


- Mas não pode fazer isso! - protesta Cymasi.


 


- Você é muito escandalosa. - fala Noiro. - Sugiro que saia da minha frente. Fuja... Volte para morrer com os demais defendendo Daiki... Eu não ligo.


 


- Noiro-sama... - sussurra tristemente Kaede.


 


Cymasi vai para a frente do cavalo de Noiro e abre seus braços.


 


- Não deixarei que siga com esse plano suicida! Só passa se me prometer que retornará e ajudará os demais.


 


 Noiro não conseguia acreditar o quão perdida aquela pretensa espiã poderia estar.


 


- Seu corpo é menos denso que um corpo humano... - fala o ninja. - Sua água não protegerá contra projéteis se encantados. E você como filha das águas é suceptível a veneno. Eu tenho maestria nessas duas técnicas, enquanto você consome sua própria vitalidade para energisar sua magia. Se você me atrazar, morre.


 


 Cymase se assusta. Noiro fica de pé sobre o cavalo com facilidade, e entre seus dedos, konfas umedecidas surgem. Seu olhar era o mesmo do de um assassino.


 


- Pode me matar se quiser, mas só saio daqui se me prometer!


 


 Noiro estava com a paciência se esgotando. Quando era o rei dos ninjas, mataria familiares por bem menos.


 


 Então, Kaede toma do cinturão do ninja uma adaga. Quando Noiro baixa o olhar, vê ela com a lâmina perigosamente encostada em seu próprio pescoço.


 


- Faça mal a ela e terá de esperar os próximos 300 anos para cumprir sua missão.


 


 Noiro estava surpreso. A gueixa jamais havia tomado ato ostensivo algum. Mas não poderia arriscar.


 


- Prometo que voltarei assim que ... Seguir minha pista. - fala o ninja.


 


Cymasi sai da frente, e Kaede devolve a lâmina.


 


 E então, a mão do ninja se agita rapidamente. Cymasi joga-se no chão assustada, mas não era o alvo. Um pequeno e discreto corvo camuflado às sombras é atingido.


 


- Graças à senhora, Cymasi, fomos descobertos. - fala o ninja irritado. - O rastreador Shorian deve ter nos alcançado, e já sabe que estou sozinho na defesa de Kaede. Posição estrategicamente muito desconfortável!


 


- Ai... meu ...


 


- Não posso me atrazar muito. - fala Noiro. - Cabe a você encontrar e matar o Shorian... ou eu e Kaede estaremos vulneráveis.


 


- Ei! eu não vou matar ninguém! - fala ela.


 


- Eu deverei zelar pela minha missão, por Kaede, pela invasão a Okinawa e ainda por um perseguidor? - urra furioso o ninja. - Você deve cuidar dele!


 


- Eu posso o atrazar, ou o asfixiar... mas não vou mata-lo!


 


- Que seja. - fala o ninja. - Se conseguir regressar, eu tenho uma sugestão de ação para tomarem:


 


(Noiro deu uma dica... e Cymasi não a repetiu no "jornalzinho" Talvês vocês nunca saibam qual era).


 











4:00 horas para a guerra...


 


- Taiguro chegou! - grita um dos arqueiros que treinava com Del.


 


 Nagata deixa os preparos e vai até o ranger com a cabeça baixa.


 


- Onde estão? - pergunta Nagata.


 


- Os seis... debandaram. - Taiguro. - eles preferiram a vida em desonra...


 


- Elfo... chame-me Therak e o Maccubus. - fala o samurai. - Temos que reavaliar nossas opções agora!


 


- Quem morreu e te deixou como...


 


Nagata olha feio para o elfo.


 


- Piada fora de hora... saquei. - fala Del. - tô indo!


 








 


- Achei que estaria mais feliz, Akai! - brinca Kuori.


 


 Os cinco deuses-dragões flutuavam indetectáveis sobre a mansão, a uma altitude imensurável, estudando cada detalhe com sentidos concebíveis apenas aos grandes deuses. De ações a pensamentos, nada escapava ao quinteto.


 


- Não posso qualificar isso como Guerra. - fala o gigantesco samurai vermelho. - Mesmo se fosse, aprovo as iniciativas, mas condeno decisões.


 


- E você então, chefe? - brinca o esquivo. - Era de cortar o coração ver a sua namoradinha caída no chão... chorando... e você nem se dignou a ir conforta-la... dizer como está papai...


 


- Você nos estressa para nos precipitarmos, Naron. - fala Kioru tatsusama, balançando a cabeça.


 


- Me chamou de Naron... e não de Kuori... - brinca ele.


 


- Bem, continue com suas ações, e quem sabe algum de nós desca como um dragão e afunde o shogunato que deveríamos defender.


 


 O dragão negro se cala furioso. os outros três deuses maiores contemplam com expanto a primeira piada provocativa do lider do panteão desde o princípio dos tempos.


 











3:30 horas para a guerra...


 


- Temos exceço de terra, mas os civis estão esgotados. - fala Win-hen, numa reunião de emergência solicitada por Nagata.


 


- Eu temia isso. - fala Vilo. - O demo é forte mas é devagar quase parando. Esperava que com os soldados reversassem o trabalho...


 


- Você sujeitaria guerreiros de elite a trabalhos braçais antes da guerra, pequenino? - fala com descaso Nagata.


 


- Hei! "elite" dos arregões isso sim! - fala o halfling.


 


 A reação natural de Nagata seria defender seus soldados, que treinou por tanto tempo, mas não consegue. Como todas as situações ocorridas naquela noite, as crenças do samurai eram testadas mais uma vez.


 


- Não é hora para isso, senhor Vilo. - fala Ghororion. - A pouca força combativa que nós dispunhamos cai a cada hora. procurar culpados só irá piorar!


 


Nagata se levanta, caminha até a caixa de armas trazidas por Chan e agora sem ninguém para manusear. Ele agarra tantas quanto pode com os braços e caminha na direção dos trabalhadores, que ainda não haviam parado.


 


- [Senhores...] - fala Nagata. - [os soldados que treinamos para defender estas terras debandaram. Enquanto vocês permaneceram, eles os abandonaram].


 


 Os trabalhadores largam as ferramentas e começam a parecer assustados. Então, Nagata finca uma arma para cada trabalhador no chão, em linha reta.


 


- [Seu trabalho será dispensado em breve.] - continua. - [Mas mesmo se escolherem sair daqui e proteger suas vidas, ou tentar alcançar seus familiares, vocês já terão sido superiores àqueles covardes. Mas não vou negar que precisamos de homens e armas. Lutem ou vivam, saibam que para mim, e para o Daymao que nos assiste da Égide, vocês são os verdadeiros samurais de Daiki.]


 


 Nagata curva-se perante eles (off: um baita gesto, um nobre menor curvando-se para genins em Wen-ha) e deixa-os.


 


- Isso está muito fora do correto, senhor! - observa Taiguro.


 


- Não me importa mais. - fala Nagata. - Aquele que ergue armas numa situação dessas será respeitosamente recebido pelos deuses no outro mundo. Inclusive os Gaijins.


 








 


 Duas horas de viagem e o comboio estava atrazado demais.


 


 O choro de Kami chama a atenção de Yoko, que deixa o lider da caravana e se aproxima.


 


- Papai não vai mais voltar, né, mamãe?


 


- Vai voltar sim, sua bobona! - protesta Kamlyn com raiva legítima. - Vai voltar e com a vitória.


 


- Ha ... ha mil anos... - fala Yoko contando uma história. - O povo wenhajin estava encurralado, exatamente como seu pai. Os líderes daquele povo morreram e os seus assassinos decidiram caçar os sobreviventes. Ninguém acreditava que uma força menor como aquela poderia suplantar os invasores, que derrotaram os líderes e seus melhores campeões. Sabe o que aconteceu?


 


- Eu sei! - fala Kamlyn. - Os deuses premiaram sua coragem e desceram. Eles destruiram os vilões e deram a terra de Wen-ha para eles.


 


- isso mesmo! - fala Yoko. - Seu pai não vai fraquejar! Os deuses estão ao seu lado. Entendem isso?


 


 Kami e Kamlys acenam positivamente. Yoko sorri, mas com angústia, pois apesar das aparências, ELA não entendia.


 











3:00 horas para a guerra...


 Era noite alta, mas a lua faziam dois samurais saírem à noite... apreciar as flores de fogo que ordenavam o jardim de Kaira Okinawa. Era um momento de paz, até a jovem se aproximar.


 


 Os dois percebem que era uma moça, mas ainda assim levam a mão ao cabo das suas katanas. Eles se aproximam com cuidado...


 


- Não venham! - grita ela. - O ninja... vai atacar!


 


 Os dois se alertam e correm na direção dela, na verdade perdendo am vantagem da claresa de idéias com uma perspectiva mpitica de ataque. O primeiro cai em uma sombra arcana e desaparece. O outro, surpreso, é atingido pelas costas e cai em silêncio. O ninja aparece, com uma espada cruta apontada para a garganta.


 


- Noiro-sama... - sussurra Kaede.


 


O ninja desiste de seus intentos.


 


- Estas terras estão protegidas... - fala Noiro. - Não imagino uma família menor com excedente de contingente a ponto de dividir forças entre um exército invasor e suas terras. Ainda mais sabendo que seu inimigo não tem poder para contra-ofensivas.


 


- Mas ... isso seria impossível?


 


 Noiro olha os olhos da Gueixa.


 


- Não... Não seria.


 


- Então... Não tem como investigar... Você vai voltar? prometeu a Kaede se estiver difícil...


 


 Noiro encara as estrelas friamente.


 


- Noiro-sama... - fala a gueixa, encarando o samurai. - ele está acordando...


 


 Noiro nada fala.


 


- Noiro!!! - insiste a Gueixa.


 


 Noiro demora em reagir, mas adianta a mão à ponta da katana, que a trespassa.


 


 O olhar do samurai - vigoroso, apesar da idade - era o mesmo dado por Nagata horas antes. Noiro faz então sua manobra...


 





Pluma negra caminha entre os soldados vermelhos, e toma um brasão de Okinawa para não ser confundida.


Eles tinham cessado a marcha.


 


 O líder estava fora de sua montaria, com a espada encharcada de sangue. à sua frente, o cadáver de Cymasi.


 


- Eu ... pensei que não mataria...


 


- Esta bruxa youkai me provocou... - fala ele. - Eu a mandei embora várias veses, e ela ficou!


 


Pluma se debruça e conta as poucas moedas e pertences de Cymasi.


 


- Se o pessoal de Nagata souber que o senhor já matou mais um deles pode não aceitar tranquilamente ...


 


- O que está feito, está feito. - fala ele. - Com sorte, nenhuma consequência trará... Mas se trouxer, não temerei.


 


- Ela não era muito esperta... - fala a elfa negra. - Não deveria ser capaz de ... derrota-la na mente?


 


- Estou nervoso com essa guerra. E ela me irrita profundamente! Deixe-a aí e sigamos.


 


 A armada invasora passa por cima do corpo sem vida da meio-elemental.


 











2:00 horas para a guerra...


 


 Todo o trabalho é parado de repente.


 


- [Se forem embora, deverão partir agora para estarem a distância segura da batalha.] - fala Nagata. - [Aconselho que seja para a mansão de Oyanu].


 


 Todos se entreolham.


 


- [Muitos de nós estão divididos, Senhor]. - fala um deles. - [Trabalhamos a noite inteira, precisamos recuperar o fôlego antes de partirmos. Eh, não pudemos fazer um cerimonial pela passagem do Daymao porque a vila foi abandonada].


 


- [O Templo está arrumado]. - fala Nagata. - [podem prestar suas homenagens lá].


 


 Humildemente, os trabalhadores limpam parte da poeira e entram no salão.


 


- Um dai-samurai abrindo sua casa a orações de Genin? - expanta-se Thiago.


 


- Eu fui de origem humilde, e o poder não me tirou isso. - fala o Nagata. - eu já li romances de heróis... que viajam e salvam comunidades. A situação aqui é inversa... a boa-vontade dessa comunidade que decidirá nosso destino, Thiago-sama.


 


- Woa... - ri ele. - Parece que baixou o Asuka em você!


 


- Não brinque com isso...


 


- Falo sério... colocando a bondade e a honra acima dos ditames...


 


- Isso o levou á ruina! - responde Nagata, com um peso no peito.


 


- Nagata... posso fazer uma pergunta?


 


 Os dois percebem Chan  se aproximando. Ainda havia rancor em Nagata pelo segredo, mas ele decide ouvir a pergunta.


 


- Você, no fundo do coração, acha mesmo que Asuka teve sua vida arruinada por sua bondade e seus ideais?


 


 Nagata hesita em responder.


 


- Seja sinsero. - fala a pena-de-bronze. - Eu saberei se estiver mentindo.


 


- Eu sei. - fala Nagata. - A resposta, ainda assim, é ... Não. Não acho.


 


Chan sorri.


 


 O primeiro dos aldeões sai da mansão de Nagata, e caminha diretamente para ele, ignorando as armas fincadas no chão.


 


- [Que os deuses o protejam, Nagata-sama...] - fala ele. - [Na próxima vida, quando eu não for um velho covarde e não tiver cinco filhos para me preocupar, eu lutarei ao seu lado].


 


 Nagata acena com a cabeça. O homem cabisbaixo caminha pela estrada. Ia passar a cancela quando ouve o som metálico. O segundo homem a sair do templo não hesitou em sacar uma espada curta do chão.


 


 O terceiro também foi até as armas e agarrou uma lança com lâminas duplas.


 


 Assim foi (n pessoas, aqueles que Win-hen convenceu) e enfim o primeiro olha por cima dos ombros, gira os calcanhares, e adianta-se a uma espada.


 











1:30 horas para a guerra...


 


Cymasi sentia-se como em uma experiência extra-corpórea. Não entendia bem o que acontecia...


 


- Então... foi aqui que Hardman te escondeu? - comemora uma voz. - Sim... Por Ordem de Dee-jihn não posso espionar o Time de Luz... o capitão é mesmo sábio e cheio de recursos...


 


- Q... quem?


 


Cymasi via só a silhueta de uma mulher, de cabelos ondulados como se estivesse no mar, e pele azulada, com um vestido um pouco mais escuro que a pele.


 


- Sou a sua criadora, Jovem. - fala ela. - Mãe das suas mães


 


- Atlan?


 


- Você não vem dos mares naturais... vem da mesma linhagem de todos os elementais extraplanares.


 


- Dee-jihn?!?


 


- Bem, ou é outro plano elaborado de Hardman para lhe descreditar ou ... teremos um trabalho duro... Diga-me, jovem... Seus inimigos a perseguiram e a feriram. Desta vez, cruzaram a linha entre a vida e a morte...


 


- Então eu...


 


- Sim. Os outros, eu tomei suas dores e exterminei. Estes, basta uma palavra, e o seu assassino, e todos que seguem ele, morrerão.


 


- De forma alguam! - urra Cymasi sem hesitar.


 


- Se eles não forem detidos, seu aliados irão morrer...


 


- Não importa. Eu não vou desejar isso...


 


 Madrid começava a desaparecer em uma nuvem de vapor.


 


- Assistir um massacre pode ser bom para seu espírito, Bispo do rei...


 


- Maizein?!?


 


 Não havia mais ninguém para conversar. Cymasi se sentia fraca e atordoada. Usa o que sobrou de sua magia para alçar vôo...


 








 - Parabéns, Mestre Nagata... - fala Taiguro. - você conseguiu inspirar todos eles...


 


 Nagata fica calado. faltava pouco tempo para o embate... e Taiguro pediu uma palavra em particular...


 


- Infelizmente, esta contenda será inútil...


 


- pretende desistir, Taiguro?


 


- Eu fui servo de Okinawa, e os troquei pelo senhor Daymao. Mas...


 


- Se quer viver, saia imediatamente, Taiguro. Não há obrigação de vida com você. Teremos que nos virar com uma arma a menos.


 


- Foi uma honra, senhor. - fala o ranger, indo embora.


  











1:00 horas para a guerra...


 


- Eles estão no horizonte. - fala Therak. - Pontualmente às seis chegarão.


 


- Quantos são?


 


- Impossível contar... mas já supera os 20.


 


- Mais de 20 guerreiros... - fala Nagata. - considerável para uma família menor.


 


- Vinte só? - ri Vilo. - Considerando que cada combatente nosso pode com dois ou três dos deles...


 


- Não subestime um samurai. - fala Nagata. - Ainda mais um que derrubou os guardiões de Daimao Daiki.


 


- Eles possuem uma divisão de arqueiros.


 


- As coisas se revelam. - fala Nagata. - Okinawa se especificou. Os samurais dele pode ter surpreendido os do Daymao com ataques à distância.


 


- Therak terá vantagem com seu escudo...- fala Del.


 


- Somente nos primeiros momentos. - fala Thiago. - Samurais são competentes nas duas formas de combate. Mudarão sua estratégia assim que achar que está falhando.







 - O daymao... mas ele foi tão bom conosco...


 


 A viuva Mitarai cobre o rosto entristecida. A caravana de Yoko finalmente chega às terras mais distantes de Daiki, onde se abrigariam esperando um desfecho.


 


- O dia está amanhecendo, mãe. - fala Katemaru. - A batalha vai começar em breve, né?


 


- Shh... - fala Yoko. - Vá dormir...


 


 O pequeno não conseguiria, ma vira-se na cama. Yoki disfarça e se afasta da caravana, na forma da Raposa branca. Restava-lhe dois saltos... deveria bastar para alcançar Nagata...


 


 











0:05 horas para a guerra...


 


- Eles vêem em blocos. - fala Therak. - Já passam dos cinquenta.


 


- Devem haver mercenários no agrupamento... - fala Nagata. - Mas... um exército secreto explicaria a queda do Daimao... mas a estomativa nos é...


 


- Atenção! - fala Therak. - Chegando...


 


 Era uma massa de água parciamlemte disfrme, cujos traços lembravam Cymasi, que aterrsia pesadamente no pátio.


 


- CHAAAAN!!!  -grita ela.








 - Quanto a sua pergunta, Therak, cavalos preparados? Pois tenho certeza que não o são, quando me aproximei sorrateiramente em forma líquida um deles se assustou comigo e me denunciou, foi o motivo de minha morte, mas deve acrescentar que são bem velozes, tanto quanto eu pude testar.


 


- Dez samurais... cem homens... - rosna furioso Nagata. - é Irreal! ele tinha mais homens que o Daymao! eles estavam cansados? ou feridos?


 


- Ela viu a Pluma Negra sim... - fala Armageddom. - e tem mais coisa sobre Madrid e Hardman, terei de avaliar melhor...


 


- Pó para essa zona!!! - grita Del, vendo que a conversa desencontrada de Cymasi confundia mais que esclarecia. - Só eu estranhei isso tudo? Essas terras, duas crianças, acho que era uma elfa, uma Eshy... É você e o Asuka, Chan, e sua mãe possivelmente.... Chan, Cymasi não viu o combate entre o líder do exército e seu pai, porque ele É seu pai!


 


 o elfo temia um pouco pelas palavras que dizia, mas não era todo o dia que pensava tão rápido.


 


- Não sei se ele faz isso de livre e espontânea vontade ou se foi dominado... Mas o líder do exército que vem nos atacar é Kuroro Daiki.


 


- Dobre a língua, elfo! - urra Nagata furioso. - Essa criatura não sabe o que está falando, e nem você! jogando no lixo o nome do Daymao! Porque o Daymao atacaria suas próprias terras? Quem mais além de Okinawa ganharia com esta guerra?


 


— Um adversário ardiloso poderia ter iludido Kuroro Daiki e a nós, criado uma teia de engodos para levar cada grupo a crer que o outro é seu inimigo. Tal teoria insólita, mesmo se verdadeira, tornaria ainda mais premente a captura do líder com vida. - diz Therak. - O mesmo se daria para com seus samurai e guerreiros, pois a força militar erigida de Daiki seria diminuída pelo esforço de defesa. Cavalos são substituíveis, homens leais ao clã não. 


 


- Bem, pelo que nossa amiginha descobriu é a minha teoria, as reações do líder do exército pra mim dizem isso... Mas existe quem sabe a possibilidade de um metamorfo que assumiu a aparência e memórias de Kuroro... bem demais. Nesse caso, os Okinawas que seriam os responsáveis por jogar o nome de seu lorde no lixo.


 


- Bem, houve o caso de Kentar em Kreta... - sussurra Chan. - Mas... não temos mais tempo. Vejam!


 


 Um cavaleiro solitário se aproximava da colina, com uma bandeira branca e uma com o brasão da família Tsé. Cornetas soavam ao longe.


 


- Eu devo ir ao encontro dele. - fala Nagata.


 


- Eu vou com você... - fala ela descendo do grifo e montando um cavalo.


 


- Eu deveria ir...


 


- Não, Armageddom... - fala Nagata. - esta não é uma passagem de guerra. Okinawa deverá propor suas condições, e nós decidiremos.


 











0:00 horas para a guerra...


 


 Chan e Nagata desciam a colina, ao encontro do mensageiro.


 


- [Porque seu senhor não veio?] - inicia Nagata, demonstrando uma segurança que não tinha.


 


- [Porque não confiamos em vocês...] - responde o Mensageiro.


 


- [Ora seu verme...] - rosna Nagata, detido por Chan.


 


- [Nós mandamos um aviso] - fala o mensageiro. - [O mestre só negociará trégua, anistia ou quaqler outra atividade com Asuka Daiki, varão].


 


- [Asuka está morto!]. - fala Nagata. - [Seus homens estão muito mal-informados!]


 


- [Eu posso negociar por meu lar.] - fala Chan. - [Leve-me a seu mestre].


 


- [O mestre só negociará com Asuka Daiki varão. Se ele está morto, nada mais há para discutir. Vejo que desocuparam a vila de madrugada... fizeram bem.]


 


- [Se houvesse interesse em nos poupar, negociaria mesmo se não houvesse Daiki algum vivo!] - fala Chan. - [Seu mestre sabe que Asuka está morto, e busca apenas alguma justificativa, se não política, ao menos moral!]


 


- [Não há mais o que dizer.] - fala o Mensageiro. 


 


O mensageiro começa a trotar na direção do exército, que começa uma aterrosizante marcha seguido de cornetas. Chan começava a voltar, mas Nagata fica... em silêncio, e então, Nagata grita.


 


- [Asuka-daiki está vivo]. - fala Nagata. - [Daiki possui um Daymao].


 


 O mensageiro para, e volta-se  ao samurai.


 


- [Ele está aqui?] - pergunta.


 


- [Não. Ele está sob nova identidade... Hykaru]. - fala Nagata. - [Ele está no estrangeiro].


 


- O Segredo de Asuka não deveria ser divulgado, Nagata! - rosna Chan em Melinês.


 


- Eu não vou mentir por névoas morais, nem mesmo por Daiki.


 


O mensageiro coça o rosto.


 


- [O Daymo me autorisou a trocar a liberdade de vocês pela localização de Asuka, ou pela promessa que ele virá até ele negociar sua rendição, ou declarar guerra]. - fala o mensageiro.


 


- [Não deixaremos nossas terras]. - pontua Nagata.


 


- [Então deixaremos nós]. - fala o Mensageiro. - [Se o meu amo negociar com Asuka-Daiki, pode ser magnânimo quanto a suas vidas e suas honras].


 


 Nagata encara Chan e dá com os ombros.


 


- [É justo que os nossos companheiros ouçam sua proposta]. - fala ela. - [Poderia subir conosco...]


 


- Ele poderia ver as falhas nas defesas e denunciar aos guerreiros, senhora.


 


- [... Viria vendado? Eu não posso escolher por eles, apesar de Thiago decidir por todos nós sobre o segredo de Asuka]


 


- Respeito sua habilidade e sua família, senhora, mas com Asuka vivo, você não é mais a sucessora do Daymao. Deverá me respeitar como Dai-samurai e aquele que decide pela batalha, até que seu irmão encontre alguém mais eficaz.


 


- Nagata... por favor...


 


 O Samurai rosna como um animal provocado, mas concorda.


 







 


- E então? - pergunta Del.


 


- Não ataque o Mensageiro... senão será crime de guerra. - fala Thiago.


 


- Está demorando muito... - fala Therak. - Eles ... estão vendando ele? Será que capturaram um prizioneiro de guerra?


 


- Veja... - grita Dex. - outro cavaleiro, lá além da aldeia... ruma direto para a armada! Acho que já está inclusive no alcance de fogo!


 


- É... Taiguro?!? - pondera Thiago. - Mas ele não... DEUSES! Ele é um TRAIDOR! e sabe nosso plano de batalha!!


 


(off: ele estava longe demais para ser atingido por ataques de PdF... mas estaria ao alcance de ataques de PDF e magias pelos inimigos em poucos instantes.. bem como qualquer eventual perseguidor)